“Soube através da imprensa que fui tirado. Me venderam. Fui vendido. Nojento isso. É barganha, é barganha. Sabe o que é barganha para se manter no governo? É isso, é barganha. Organização criminosa, e daí não medem consequências”, afirmou delegado Waldir, ao saber que foi substituído na CCJ da Câmara.
Em meio às articulações do governo para tentar derrubar a denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara, o líder do PR na Casa, José Rocha (BA), informou nesta segunda-feira (10) que o partido vai trocar quatro dos cinco membros titulares na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Outros partidos aliados a Temer também fizeram substituições (veja tabela mais abaixo).
Ao G1, José Rocha afirmou que os novos membros estão “confortáveis” para votar na comissão a favor de Temer. Na semana passada, o presidente se reuniu com o ex-deputado Valdemar Costa Neto, em busca de votos contra a denúncia.
“Estamos fazendo a substituição a pedido dos próprios membros que não estão se sentindo confortáveis em votar contra a denúncia”, disse. “Não há uma instrução (do partido). Eles estão entrando porque se sentem confortáveis para votar contra a denúncia”, afirmou.
Temer foi denunciado pela Procuradoria Geral da República por corrupção passiva. Para que a denúncia tenha prosseguimento no Poder Judiciário, é necessário o aval da Câmara. Na CCJ, os deputados vão votar o parecer do relator Sergio Zveiter (PMDB-RJ) e, qualquer que seja o resultado, será enviado para análise do plenário.
Mudanças na CCJ da Câmara neste mês
Quem virou titular
Bilac Pinto (PR-MG)
Laerte Bessa (PR-DF)
Magda Moffatto (PR-GO)
Milton Monti (PR-SP)
Laércio Oliveira (SD-SE)
Evandro Roman (PSD-PR)
Carlos Marun (PMDB-MS)
Nelson Marquezelli (PTB-SP)
Cléber Verde (PRB-MA)
Quem virou suplente
Wladimir Costa (SD-PA)
Jorginho Melo (PR-SC)
José Fogaça (PMDB-RS)
Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)
João Campos (PRB-GO)
As substituições
Foram retirados da lista de membros da CCJ os deputados Delegado Waldir (PR-GO), Jorginho Mello (PR-SC), Marcelo Delaroli (PR-RJ) e Paulo Freire (PR-SP). No lugar deles, entrarão Bilac Pinto (PR-MG), Laerte Bessa (PR-DF), Magda Mofatto (PR-GO) e Milton Monti (PR-SP).
Outras três mudanças de membros titulares da CCJ foram efetivadas nesta segunda. O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), um dos principais defensores do governo Temer, entrou na vaga de José Fogaça (PMDB-RS), que passou para a suplência.
O deputado Evandro Roman (PSD-PR), que integra outro partido da base aliada, entrou na vaga de Expedito Netto (SD-RO). Outra mudança foi no PTB, com a substituição de Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), crítico ao governo, pelo deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP). Faria de Sá passará a ocupar um lugar de suplente.
Antes dessas mudanças, houve outras duas trocas na comissão desde que a Câmara foi notificada sobre a denúncia contra Temer. O deputado Laercio Oliveira (SD-SE), que era suplente, virou titular. O deputado Wladimir Costa (SD-PA) ficou no lugar dele como suplente.
Durante a sessão da comissão nesta segunda-feira (10), uma nova substituição foi feita: o PRB colocou o líder da bancada, deputado Cleber Verde (MA), que era suplente, como titular no lugar de João Campos (GO), que passou para a suplência.
Indignação
A dança das cadeiras provocou protestos durante a reunião da comissão. O deputado Delegado Waldir (PR-GO) se mostrou inconformado por ter sido retirado da composição do colegiado sem ser avisado pelo seu partido.
“Soube através da imprensa que fui tirado [da CCJ]. Me venderam. Fui vendido. Nojento isso. É barganha, é barganha. Sabe o que é barganha para se manter no governo? É isso, é barganha. Organização criminosa, e daí não medem consequências. Arrebentam com a vida, com a moral de uma pessoa. O que é isso? Dois anos e meio nessa comissão como titular. Aí, eu tomo conhecimento pela imprensa que eu estou fora. Eu não presto porque eu não vendo o meu voto, não troco por cargos, não troco por emendas, não”, afirmou Waldir.
O deputado Major Olímpio (SD-SP), que também foi retirado da comissão, criticou as trocas. Ele questionou a validade das mudanças e foi vaiado por integrantes da base aliada. “Quem está vaiando está recebendo carguinho para vaiar”, gritou.
O presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), respondeu às questões de ordem dizendo que é prerrogativa dos partidos fazer as substituições de membros na comissão.
G1
Foram retirados da lista de membros da CCJ os deputados Delegado Waldir (PR-GO), Jorginho Mello (PR-SC), Marcelo Delaroli (PR-RJ) e Paulo Freire (PR-SP). No lugar deles, entrarão Bilac Pinto (PR-MG), Laerte Bessa (PR-DF), Magda Mofatto (PR-GO) e Milton Monti (PR-SP).
Outras três mudanças de membros titulares da CCJ foram efetivadas nesta segunda. O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), um dos principais defensores do governo Temer, entrou na vaga de José Fogaça (PMDB-RS), que passou para a suplência.
O deputado Evandro Roman (PSD-PR), que integra outro partido da base aliada, entrou na vaga de Expedito Netto (SD-RO). Outra mudança foi no PTB, com a substituição de Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), crítico ao governo, pelo deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP). Faria de Sá passará a ocupar um lugar de suplente.
Antes dessas mudanças, houve outras duas trocas na comissão desde que a Câmara foi notificada sobre a denúncia contra Temer. O deputado Laercio Oliveira (SD-SE), que era suplente, virou titular. O deputado Wladimir Costa (SD-PA) ficou no lugar dele como suplente.
Durante a sessão da comissão nesta segunda-feira (10), uma nova substituição foi feita: o PRB colocou o líder da bancada, deputado Cleber Verde (MA), que era suplente, como titular no lugar de João Campos (GO), que passou para a suplência.
Indignação
A dança das cadeiras provocou protestos durante a reunião da comissão. O deputado Delegado Waldir (PR-GO) se mostrou inconformado por ter sido retirado da composição do colegiado sem ser avisado pelo seu partido.
“Soube através da imprensa que fui tirado [da CCJ]. Me venderam. Fui vendido. Nojento isso. É barganha, é barganha. Sabe o que é barganha para se manter no governo? É isso, é barganha. Organização criminosa, e daí não medem consequências. Arrebentam com a vida, com a moral de uma pessoa. O que é isso? Dois anos e meio nessa comissão como titular. Aí, eu tomo conhecimento pela imprensa que eu estou fora. Eu não presto porque eu não vendo o meu voto, não troco por cargos, não troco por emendas, não”, afirmou Waldir.
O deputado Major Olímpio (SD-SP), que também foi retirado da comissão, criticou as trocas. Ele questionou a validade das mudanças e foi vaiado por integrantes da base aliada. “Quem está vaiando está recebendo carguinho para vaiar”, gritou.
O presidente da CCJ, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), respondeu às questões de ordem dizendo que é prerrogativa dos partidos fazer as substituições de membros na comissão.
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