O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) comemorou a decisão de Moro e cobrou a prisão do ex-presidente. "Moro condena Lula a 9 anos de prisão pelo caso do tríplex. Agora só falta ir preso mesmo", disse. Eduardo é filho do também deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), um dos maiores críticos de Lula e que divide com o petista as primeiras posições nas pesquisas de intenções de voto para as eleições presidenciais de 2018.
Já o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que chegou a ser ministro do Esporte no governo Lula, avaliou que a condenação é injusta, por, segundo ele, não haver provas contra o ex-presidente. "Sérgio Moro condenou o presidente Lula sem nenhuma prova no processo. É mais uma violação do Estado Democrático de Direito! É um escândalo!", pontuou. "Minha solidariedade ao presidente Lula, que será julgado e absolvido em tribunais superiores, por absoluta falta de provas de acusação", completou.
Na Câmara
Nos corredores da Câmara, o líder do PT na Casa, deputado Carlos Zarattini (SP), classificou a condenação como um "atentado à democracia". Para ele, o juiz Sérgio Moro, Moro toma uma decisão com o objetivo de influenciar o mundo político nacional. "É estranho que ele dê essa sentença no mesmo dia em que a Câmara dos Deputados começa a avaliar o pedido de afastamento do presidente Temer por corrupção passiva. Agiu assim quando divulgou grampos ilegais envolvendo o ex-presidente Lula e a então presidente Dilma, o que acelerou o processo de impeachment e age assim agora", avaliou.
Já o deputado Wadih Damous (PT-RJ) acredita que não haverá dificuldades para o TRF da 4ª Região reverter a sentença que condenou o ex-presidente. "Do ponto de vista legal, essa sentença não vale nada. Moro não agiu como juiz. Agiu como justiceiro. Ele não ouviu as testemunhas de defesa do ex-presidente. Moro não proferiu uma sentença. Ele redigiu uma peça de acusação", disse.
Correio Braziliense
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