Rodrigo Maia com Paulo Câmara, no casamento de Miguel Coelho: ofensiva para atrair socialistas descontentes (Foto: Divulgação)
Principal articulador da ofensiva do DEM para atrair novos filiados – visando a tornar-se a terceira maior bancada na Câmara Federal – o presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) esteve na noite desta sexta-feira (21) em Petrolina, para assistir ao casamento do prefeito Miguel Coelho (PSB). É a segunda vez que o parlamentar fluminense vai ao município sertanejo – governado pelo grupo dos Coelho – na condição de presidente da República em exercício. A primeira foi há duas semanas, quando substituiu Michel Temer (PMDB), que estava na Alemanha participando do encontro do G-8. Ontem – juntamente com o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM)- Maia circulou e posou para fotos ao lado de vários socialistas, entre eles o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio – vice-presidente nacional e secretário-geral do partido, respectivamente.
Ao longo da semana, Rodrigo Maia protagonizou uma queda de braço com o próprio Michel Temer pelo passe do grupo de parlamentares dissidentes do PSB que, insatisfeitos com a decisão da direção nacional da legenda de romper com o governo, poderia migrar para outro partido. Temer tentou barrar a ofensiva do DEM, preocupado em não fortalecer o partido que, embora aliado de primeira hora do PMDB, poderia tornar-se uma ameaça ao próprio PMDB, maior legenda da Câmara.
Maia, por sua vez, tem contado com a simpatia do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), vice-líder do governo no Senado, e do seu grupo, formado ainda pelo prefeito de Petrolina e pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho (PSB). Os Coelho também discordam da direção nacional socialista, e decidiram, por posição pessoal, permanecer ao lado de Michel Temer, gerando um mal estar que aumentou ainda mais com a posição da deputada mato-grossense Teresa Cristina, líder da bancada federal do PSB, de também permanecer aliada ao governo. Ela e mais um grupo de deputados ameaçam deixar a legenda, e são disputados pelo DEM e PMDB.
Diário de Pernambuco
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