De acordo com a promotora de Justiça Thinneke Hernalsteens, o matadouro de São José do Belmonte, nas condições atuais, oferece risco permanente aos consumidores e a todos que trabalham no local.
Segundo o relatório da Adagro, as condições higiênicas oferecidas pelo matadouro, desde a recepção dos animais até a expedição do produto final, são precárias em função da falta de estrutura física e equipamentos adequados para a realização das operações. O combate às pragas não é realizado; a limpeza e desinfecção do matadouro são insatisfatórias, bem como a higiene das operações de matança, condições de sangria, dentre outras constatadas.
As condições trabalhistas oferecidas pelo matadouro também são totalmente inadequadas. Os trabalhadores não usam equipamentos de proteção individual (EPIs), trabalham sem camisa, botas e capacetes, expostos ao material orgânico que pode estar contaminado. Além disso, a iluminação e ventilação são péssimas, o ambiente de trabalho é escuro. Por fim, a Adagro identificou a presença de crianças e animais domésticos no local.
“O matadouro público municipal de São José do Belmonte não reúne condições de funcionamento, pois não apresenta estrutura, equipamentos e procedimentos operacionais necessários à atividade qual se destina, ocasionando risco ao meio ambiente e à saúde pública”, resumiram os técnicos da Adagro no relatório de vistoria.
As irregularidades incluem ainda pisos esburacados, descarte irregular de resíduos sólidos, equipamentos velhos e danificados, dentre outras falhas no padrão higiênico e sanitário. Segundo a promotora de Justiça Thinneke Hernalsteens, o município deve corrigir todas as irregularidades evidenciadas pela Adagro.
A recomendação foi publicado no Diário Oficial no dia 10 de julho de 2017.
MPPE
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