Em meio a tantas notícias preocupantes, geradas pelo momento de instabilidade que vivemos, é animador constatar que os primeiros sinais de recuperação econômica começaram: após oito quedas trimestrais consecutivas, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior, indicando o fim da recessão; a taxa de juros básicos é a menor desde dezembro de 2013 e a inflação do período (0,96%) foi a menor variação para um primeiro trimestre em 23 anos, de acordo com o IPCA-IBGE.
Macroeconomia entrando nos eixos é sempre boa nova para o setor produtivo, em especial para as micro e pequenas empresas, que, em São Paulo, deixaram no passado o gosto amargo de operar no vermelho por quase dois anos consecutivos, registrando aumento de 3% no faturamento real nos primeiros 90 dias de 2017. E, pelo segundo mês, começaram a ser geradas novas vagas de emprego. Nada ainda que aplaque a sangria de ter 14 milhões de pessoas desempregadas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se realmente de um dos índices mais resistentes à retomada e exige de nós, agentes de desenvolvimento, estratégias diferenciadas e criativas para reverter com sucesso o quadro.
É certo que a aprovação urgente de políticas públicas que ajudem a destravar e desonerar o dia a dia dos empresários é um caminho vital. Entretanto, seu reflexo na criação de novos empregos pode não ser tão imediato quanto necessário. Uma das alternativas é abrir uma pequena ou microempresa, e o brasileiro é realmente empreendedor: o estudo Global Monitor Entrepreneurship (GEM) de 2016 mostra que 31,2% da população adulta (18 a 64 anos) estava envolvida com uma atividade empreendedora. Movidos pela oportunidade ou pela necessidade, mais de 10 milhões de indivíduos decidiram ter um pequeno negócio em nosso país.
À primeira vista, tornar-se um empreendedor pode parecer algo inatingível, mas não é! Exige, como tudo na vida, dedicação, planejamento, persistência e conhecimento e que o futuro empresário disponha-se a mergulhar de cabeça nesse novo mundo, tendo em mente que é preciso definir o que realmente quer e para que propósito; manter os olhos abertos para as oportunidades, ter respeito a seus clientes, fornecedores, concorrentes e colaboradores, estar disposto a aprender sempre.
O Sebrae-SP está de portas abertas para os futuros empresários que desejam investir nesse caminho. Nosso time de especialistas e parceiros em gestão está preparado para atender em nossas redes presencial e virtual, levando o melhor serviço àqueles que desejam empreender e aos que querem competitividade na veia.
Foi o que fez um jovem paulistano de 35 anos, desempregado em 2015. Com uma bicicleta e muita vontade de retornar ao mercado, teve um click: se, além de entregar pizzas à noite, prestasse esse serviço durante o dia, poderia criar um diferencial. Pesquisou mercado, conversou com potenciais clientes, negociou com fornecedores (de peças para reforçar a bicicleta) e foi à luta. Passou por nossa consultoria de gestão e decidiu formalizar-se. Hoje, tem uma carteira de clientes bem robusta e já pensa em levar seu modelo de negócios – entrega sustentável – para outros estados do País.
É isso que empreender do jeito certo faz. Transforma realidades, gera renda e realização.
*Ivan Hussni é diretor técnico do Sebrae-SP.
Ricardo Viveiros & Associados
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