Polícia Civil prendeu dois homens suspeitos de terem matado a personal trainer Gabriela Conceição Santiago, de 24 anos, em fevereiro deste ano, no Janga, em Paulista, no Grande Recife. Entre os detidos está o cabo da Polícia Militar Mauro Brasil de Sá Leitão, de 39 anos. As investigações apontam que ele foi o mandante do crime, uma vez que a vítima mantinha um relacionamento amoroso com a mulher dele. Um terceiro homem, de 40 anos, também foi preso por dificultar o trabalho da polícia.
Gabriela foi morta com um tiro na região da nuca quando voltada para casa depois de um dia de trabalho. Testemunhas relatam que o crime foi cometido por dois homens que estava em uma moto. A vítima levou o tiro logo após descer de um ônibus, por volta das 21h, na Avenida Carlos Gueiros Leite, uma das principais do bairro.
“Ela pressentiu algo e disse para uma amiga: ‘eu moro muito perto daqui, 20 minutos, se em 20 minutos eu não chegar em casa e ligar para você é porque alguma coisa aconteceu, mas, não se preocupe. Muito obrigada por tudo porque você foi uma amiga maravilhosa’. A amiga até tentou impedir, mas ela saiu, contou a delegada Thaís Galba.
Ao longo das investigações, foi comprovado que Gabriela mantinha um relacionamento amoroso com uma de suas alunas há três meses. “Ela foi assassinada porque mantinha o relacionamento com a mulher do policial militar. A esposa terminou com a vítima porque ia retomar o casamento, mas acabou voltando para Gabriela porque o sentimento delas era muito forte. Ela disse para ele que ia se separar porque estava apaixonada pela vítima”.
O executor, de 27 anos, foi recrutado por Mauro dentro de um grupo de narcóticos anônimos, segundo a polícia. A delegada acredita que o policial planejava o crime havia algum tempo. "Não foi um crime feito no ímpeto do momento. Pela ótica da polícia isso o torna mais inescrupuloso porque aproveitou de uma pessoa que tem uma dependência química, uma pessoa que já tem uma mente fragilizada em razão do uso de drogas para fazer um crime que, em tese, achou que deveria ser feito”, pontuou.
O terceiro homem, de 40 anos, foi detido por falso testemunho e obstrução do trabalho da polícia. Ele era segurança na academia a qual a vítima e a esposa do policial frequentavam. Em sua defesa, alegou que Mauro o ameaçava. “Ele disse a uma pessoa que jamais ia dizer que foi o PM, que ele sabia que tinha sido ele, mas que não ia dizer para a polícia”.
Um quarto homem, ainda não identificado, que seria o segundo executor, ainda não foi localizado pela corporação. Tanto Mauro quanto o executor de 27 anos negam envolvimento no crime. Há indícios que a arma usada no assassinato de Gabriela era do PM.
“Dias depois ele fez um Boletim de Ocorrência dizendo que havia sido roubado, mas que só levaram sua arma e o celular. Ele teve sorte de ser roubado, mas não morto pelos bandidos por ser um policial militar”, finalizou a delegada em tom irônico.
Por G1 PE
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