De acordo com a parlamentar, a Leuginase não foi testada em seres humanos e apresenta elevados percentuais de impurezas na composição (Foto: Karol Correia/Alepe)
A deputada Socorro Pimentel (PSL) fez um apelo, em plenária na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nessa quarta (28), para que o Governo do Estado deixe de distribuir a Leuginase no tratamento de pacientes com leucemia linfoide aguda. A droga, de origem chinesa, tem a eficácia e segurança questionadas, e seu uso foi tema de audiência pública realizada no dia 12 pela Comissão Especial de Elaboração do Estatuto da Pessoa com Câncer.
A parlamentar defendeu a retomada da utilização da L-Asparaginase, droga fabricada nos Estados Unidos e na Alemanha, que vem sendo empregada desde os anos de 1970 e tem nível de eficiência e remissão de até 90%. A substituição do remédio, comprado pelo Ministério da Saúde e distribuído aos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), ocorreu este ano.
Socorro Pimentel destacou que, após a audiência, o Ministério Público Federal recomendou ao Ministério da Saúde a suspensão da compra do produto chinês e o recolhimento de todos os lotes do medicamento. Ela estendeu o apelo ao governador Paulo Câmara e ao secretário estadual de Saúde, Iran Costa.
De acordo com a parlamentar, a Leuginase não foi testada em seres humanos. Além disso, apresenta elevados percentuais de impurezas na composição. “Ouvimos relatos de pais de crianças em tratamento, que vivem a dor de verem seus filhos num estado de saúde grave e a dúvida e o medo de terem a cura e a vida deles comprometidas”, acrescentou.
“Não podemos deixar que esse atentado à vida siga acontecendo. Não podemos permitir que nem uma gota a mais desse medicamento circule nas veias de nossas crianças pernambucanas. Precisamos salvar essa geração, que representa o futuro do nosso Estado”, concluiu a deputada do PSL.
Sociedade civil – Representantes da Oncologia Infantil Nordeste acompanharam, nas galerias do Plenário, o pronunciamento da deputada. Para o professor Geraldo Leite Maia, uma vez que a Leuginase não tem eficácia comprovada, “há o risco de as crianças sofrerem uma recaída, e o câncer voltar com mais força”. “Queremos ajuda para pressionar o Governo e para que o Ministério da Saúde volte atrás na decisão de importar essa medicação”, emendou Juliane Alencar.
Alepe
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