A preocupação dos investigadores é que nem ela nem seus familiares mais próximos foram localizados até a última terça-feira (27) e, por isso, ainda não há detalhes sobre seu estado de saúde ou sobre o grau de envolvimento com o game. No Estado, pelo menos dez casos relacionados ao Baleia Azul estão sendo apurados.
De acordo com o delegado Antônio Dutra, há quatro ocorrências confirmadas só na cidade, mas o que se sabe do caso mais recente é apenas o que foi exposto no vídeo. “Estamos tendo enormes dificuldades em abordar a adolescente e a família. Realizamos duas diligências, uma na casa da jovem, mas estava vazia, e outra no colégio onde ela estuda, mas não a encontramos. Acreditamos que os familiares estão evitando a polícia. Mas deixei intimações com uma parente dela e com vizinhos para que, quando aparecerem, compareçam à delegacia”, detalhou.
O vídeo tem três minutos e meio de duração e parece ser uma imagem de webcam gravada enquanto era assistida por outra pessoa, provavelmente um curador do jogo. A automutilação aparece como “missão” a ser cumprida em várias etapas do Baleia Azul, mas, pela situação em que se encontram os braços da garota, aparentemente sem cicatrizes anteriores, é provável que ela estivesse entre a primeira e a terceira fase.
Para o delegado, uma maior integração entre o serviço de saúde e os investigadores poderia ajudar na identificação dos casos. “É preciso que quem faz o atendimento de situações dessa natureza em hospitais faça o alerta à polícia para trabalharmos de forma conjunta.
É necessária toda colaboração que possa haver, inclusive dos pais”, afirmou, acrescentando que acredita que a família da vítima mais recente esteja em cidades da região, como Gravatá ou Caruaru, no Agreste.
Em maio deste ano, o pai de um menino, também de Vitória de Santo Antão, já havia procurado a Polícia Civil alegando que ele estava na terceira fase do jogo. Perto de lá, em Moreno, já no Grande Recife, o suicídio de uma adolescente de 14 anos há um mês é outra ocorrência investigada por suposta relação com o Baleia Azul. Ela estava com vários cortes pelo corpo. Um dos casos considerados mais graves pelos delegados à frente das diligências, porém, veio à tona em 12 de maio.
É o de uma jovem de 19 anos que postou no Facebook uma foto em que aparece seminua e com mutilações no tórax. Ela era moradora do bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, e não se comunicava nem com a família. A denúncia partiu da própria mãe da vítima.
Folha de Pernambuco
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