Este é o segundo feminicídio registra no Alto Tietê em menos de 24 horas. O último caso foi na noite de terça-feira (6), em Suzano. A vítima era uma mulher de 21 anos que foi morta pelo ex-marido, um montador de 31 anos, que não se conformava com o fim do relacionamento.
No caso de Santa Isabel, o suspeito, de 22 anos, acionou a Polícia Militar por volta das 20h30 e informou que havia uma vítima de homicídio na Avenida Brasil, em Santa Isabel. De acordo com o boletim de ocorrência, ao chegarem ao endereço os policiais encontraram o suspeito ofegante e falando coisas sem sentido.
Em um primeiro momento, ele contou aos policiais que foi pegar seu carro e no local estavam dois homens e uma mulher. O suspeito afirmou que os homens o obrigaram a dirigir o próprio carro por uma estrada de terra, que é a continuação da Avenida Brasil, trecho conhecido como Estrada dos Três Chicos. Lá, os homens o teriam obrigado a matar a mulher.
Os policiais acharam o relato estranho, colocaram o suspeito na viatura e seguiram com ele até a estrada. Em um trecho da via, eles encontraram o carro do homem atravessado na estrada de terra. Perto do veículo havia o corpo de uma mulher que apresentava ferimento na cabeça e um corte profundo no pescoço.
Ao realizar buscas nos arredores, os policiais afirmaram que encontraram um martelo com cabo de madeira e uma faca com cabo de plástico preto, com manchas de sangue. Os policiais levaram o suspeito à delegacia, onde, segundo a polícia, ele confessou que matou a mulher com quem tinha um relacionamento há algum tempo. Ainda na versão do suspeito, a vítima estava grávida e ele tentava convencê-la a abortar, porque tinha se casado recentemente, sua esposa estava grávida de oito meses e se descobrisse sua traição poderia acabar com o casamento.
A Polícia Civil destacou no boletim de ocorrência que o suspeito planejou todos os detalhes do crime, atraindo a vítima para um local ermo. Familiares do suspeito estiveram na delegacia, mas deixaram o local indignados. O suspeito foi preso por homicídio qualificado e encaminhado para o 1º Distrito Policial de Guarulhos.
O veículo do suspeito, um celular e as armas do crime foram apreendidos. Um exame necroscópico foi solicitado para a vítima para comprovar a gravidez, que não era aparente fisicamente, segundo a polícia.
De acordo com a polícia, o caso foi encaminhado à Defensoria Pública porque nenhum advogado foi apresentado.
G1 SP
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