Foto tirada por piloto da II Expedição do Rio São Francisco
O organizador da II Expedição do Rio São Francisco, comandante Kleber Rangel, disse que a ideia é mostrar não só as belezas naturais como também as boas práticas realizadas na bacia. Ele salientou que, apesar dos problemas provocados pela ação humana e pelas mudanças naturais, as belezas ainda resistem e estão sendo reconhecidas por inúmeras pessoas que têm como foco a preservação ambiental.”Conhecemos projetos bacanas, tanto da iniciativa pública, quanto privada na área da cultura, história, economia, que apontam que as belezas naturais são um potencial a ser mais explorado. Isso é o que queremos mostrar como legado da expedição”, contou.
Para a coordenadora da Câmara Consultiva Regional (CCR) do Alto São Francisco, Silvia Freedman, o objetivo central da expedição é muito importante: chamar a atenção para o que o Velho Chico tem de bonito para ser mostrado, de turístico e de potencial econômico e não somente para as mazelas e as degradações que o rio vem sofrendo. “O olhar de cima deve ser muito interessante, pois demonstra claramente as diferenças regionais existentes ao longo do rio. Os vários biomas, a caatinga, o cerrado, a mata atlântica, os vários afluentes e represas, além, é claro, das diferenças culturais de cada região. Receber esta expedição em Três Marias é uma honra para o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), em especial para o Alto São Francisco”, afirmou.
O prefeito de Três Marias, Adair Divino da Silva, mais conhecido como Bem Te Vi, chamou a atenção para o momento crucial que estamos vivendo com a questão das águas. Segundo ele, “uma expedição como essa tem um valor extraordinário. É uma oportunidade que eles estão dando para o Brasil e para o mundo conhecer a realidade do rio hoje. Isso certamente vai despertar nas autoridades o olhar para as questões fundamentais para a sobrevivência das nossas águas, diante da seca que estamos vivendo. Este é um momento ímpar na história do rio São Francisco”.
Documentário
Rangel, que, além de coordenador da equipe, é um empresário dono de montadora de aviões de pequeno porte em Barreiras (a 858 km de Salvador) afirmou que, posteriormente, as imagens serão editadas e reunidas em documentários, que serão exibidos aos ribeirinhos dos locais do trajeto.
Os filmes, segundo ele, pretendem reunir todas as imagens e as informações sobre meio ambiente que forem obtidas pelos pilotos da equipe durante o trajeto das aeronaves.
“Queremos dividir com as demais pessoas esse conhecimento, por meio das imagens. O foco da expedição é elevar a autoestima dos povos ribeirinhos, ressaltando as belezas dos lugares que eles vivem”, enfatizou.
Uma prévia do documentário será exibida no dia 07 de setembro, em Porto Seguro (BA).
Roteiro
Das oito cidades pelas quais passou a expedição, quatro são da Bahia, Santa Maria da Vitória, Bom Jesus da Lapa, Juazeiro e Barra, três em Minas Gerais – Januária, Pirapora e Três Marias, além de Piranhas, no estado de Alagoas.
Três Marias
Três Marias, uma das principais cidades do Alto São Francisco, abriga a Usina Hidrelétrica Três Marias. De fundamental importância, o reservatório tem a função de regulação, além de produção de energia hidrelétrica, controle de enchentes, irrigação e melhoria das condições de navegabilidade do São Francisco. O imenso lago, de 1.020 km², carinhosamente chamado de Mar de Minas, é principal atrativo turístico da cidade.
CBHSF
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