Um dos motivos para a demissão de Dorival é o tempo antes da fase de mata-mata da Libertadores, no começo de julho. O clube entende que o novo treinador pode arrumar a equipe para a sequência da competição continental. O Alvinegro foi o sexto melhor da fase de grupos.
Dorival assumiu o Santos na zona de rebaixamento em 2015 e fez o time brigar pelo G-4 no Campeonato Brasileiro e ser vice-campeão da Copa do Brasil. No ano passado, a equipe conquistou o Paulistão, foi eliminada nas quartas da copa e terminou o Brasileirão na segunda colocação.
Nesta temporada, com a manutenção de todo o elenco e a contratação de seis reforços, esperava-se que o Peixe decolasse. O time, porém, oscilou muito, foi eliminado nas quartas do Campeonato Paulista e começou mal o Brasileirão. Na Libertadores, o Alvinegro terminou invicto a primeira fase, com três vitórias e três empates.
Na sua segunda passagem pelo Santos, Dorival teve 74 vitórias, 26 empates e 28 derrotas em 128 jogos, um bom aproveitamento de 64,6%. Ele dirigiu o Peixe também em 2010, em 61 partidas, com 37 vitórias, oito empates e 16 derrotas, aproveitamento de 65%.
No total, são 111 vitórias, 34 empates e 44 derrotas em 189 jogos. Um aproveitamento de 64,8% dos pontos.
Veja a nota oficial do ex-técnico do Santos:
"Hoje fui comunicado pela direção do Santos Futebol Clube sobre meu desligamento.
No fundo, quando decidi permanecer treinador do Santos em 2017, eu sabia que seriam dois caminhos: a glória ou pressão. Faz quase dois anos que retornei ao clube e pouco existe da realidade que encontrei.
De um time que flertava com o rebaixamento, hoje saio com título conquistado e tendo estado na parte de cima da tabela em todas as competições.
Deixo com orgulho os quase 65% de aproveitamento em dois anos, mas não é isso que ficará marcado. Levo na memória a busca por jogar bem, por tentar criar um time que proponha um futebol mais bonito de ser visto, como é o DNA do Santos.
Bacana ver os filhos que essa passagem deu. Zeca e Tiago Maia, campeões olímpicos. Gabriel vendido depois de recuperar o futebol. Sair de opção no banco para ser titular. Depois para a seleção e para o futebol europeu. É gratificante retomar o projeto da base, e ter, além deles, o Lucas Veríssimo como realidade; e os meninos Artur e Matheus ganhando corpo.
Sem esquecer do Vitor Bueno, que não é exatamente da base. Mas que foi contratado novo, por tão pouco e é um dos artilheiros do time desde que virou titular.
Foram muitas as possibilidades de sair do clube no final do ano passado, mas a vontade de fechar esse ciclo com um grande título falou mais forte. Infelizmente o trabalho foi interrompido antes que pudesse ocorrer.
De toda forma, muito obrigado ao Santos e à torcida. Meu carinho e respeito aos funcionários do clube, em especial aos que convivia todos os dias no CT, todos vocês me ajudaram muito.
E mais que tudo, obrigado aos jogadores. Todos: aos mais novos que sempre quiseram aprender. E aos mais velhos, os que já tinha trabalhado e os que conheci aqui. Foi muito gratificante trocar experiências com todos, ouvir e falar de futebol em busca de constante melhora.
Todos vocês, durante esses quase dois anos, foram leais e acreditaram que era possível era possível vencer jogando bem."
Globoesporte.com
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