A delação premiada dos executivos da JBS escreve mais um capítulo sobre a corrupção nas relações público-privadas no país.
Conforme já alertávamos em posicionamentos anteriores, o caso novamente torna explícita a intervenção de forças políticas e econômicas atuando contra a integridade, a transparência e o combate à corrupção no país. As notícias envolvem diretamente o Presidente da República, colocando em xeque sua já questionada legitimidade e sua continuidade no poder.
O Brasil não pode mais viver de sobressaltos, ao sabor de delações e da divulgação de resultados da investigação dos casos de corrupção. O país perde, em todos os sentidos, com o atual cenário de instabilidade política, econômica e social.
Por isso, cidadãs e cidadãos, empresas e organizações da sociedade civil devem atuar juntos para que a ética e a integridade sejam valores fundamentais na retomada do desenvolvimento em bases sustentáveis. Caso contrário, vamos repetir nossos erros e desperdiçar a grande oportunidade que temos no momento.
Com as evidências agora apresentadas pelas investigações, fica patente que os valores de ética e integridade inexistem no atual governo. Com cerca de um quarto de seus representantes envolvidos em casos de corrupção, o Congresso Nacional, por sua vez, não possui condições legítimas de escolher um novo representante do poder executivo.
Sendo assim, somente a legitimidade do voto popular por meio de uma emenda constitucional é capaz de trazer a estabilidade necessária para o país retomar o caminho do desenvolvimento em bases íntegras e éticas.
São Paulo, 19 de maio de 2017
Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social.
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