Segundo a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Flávia Freire, a capacitação ocorre devido à renovação, em torno de 60%, no quadro de funcionários da Secretaria de Saúde. “A proposta é tornar a linguagem comum e padronizada com relação aos fluxos dos programas. Estamos conversando com todas as equipes da Atenção Básica para que a gente possa dar um bom andamento no serviço de vigilância, além de discutir estratégias para melhoria dos procedimentos com pacientes acometidos por essas doenças”, frisou.
Após a abordagem dos temas, está sendo realizada uma oficina sobre a epidemiologia da hanseníase no município; a avaliação clínica da doença, detecção e tratamento.
Em 2015 foram diagnosticados em Petrolina 364 casos de hanseníase. Em 2016, foram 249. O município está em situação hiperendêmica, uma vez que o esperado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é uma incidência de 40 casos novos para 100 mil habitantes. Em 2015, foram notificados 76 casos novos. Em 2016, 79 casos novos para 100 mil habitantes. Ao todo, 500 pessoas estão em tratamento na cidade.
Sobre a doença
A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, tem cura, mas o quanto antes for diagnosticada, melhor será o tratamento. Flávia explica que primeiro aparecem manchas pelo corpo ou comprometimento dos nervos. “São alterações na cor da pele e perda de sensibilidade. Mas a hanseníase pode trazer graves consequências como perda da visão e da audição, e dificuldades motoras”, destacou.
Outra preocupação, segundo a enfermeira, é com as pessoas que tem contato com o doente. “Para cada dez pessoas que convivem com alguém com hanseníase, dois podem contrair a doença. A transmissão acontece por vias áreas, ou seja, pela respiração, se o contato com o doente for constante e prolongado. O tratamento consiste num coquetel de medicamentos distribuídos exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde”, explicou.
Assessoria de Imprensa da Secretaria de Saúde de Petrolina
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