Central de Polícia Civil de João Pessoa
No dia da prisão, a defesa alegou que o entorpecente foi apreendido em uma operação e o policial esqueceu de entregá-lo em uma delegacia. Mesmo assim, o casal de PMs deverá responder por peculato, que consiste em subtrair ou desviar, por abuso de confiança, dinheiro público ou de coisa móvel apreciável, para proveito próprio ou alheio, por servidor público.
Nesta quinta, a defesa do casal disse à TV Correio que eles nunca se envolveram em outro crime, não correm risco de atrapalhar as investigações e não deram evidências de que pretendem fugir.
Segundo o advogado, eles estariam aptos para retornar à Corporação e continuar trabalhando como policiais. No entanto, segundo o coronel Severino Gerônimo, a liberdade conquistada pelo casal em nada afeta o procedimento administrativo disciplinar ao qual está respondendo na Polícia Militar, que pode resultar em expulsão da corporação. De acordo com o coronel, o ritmo da investigação administrativa não depende das movimentações da investigação criminal. "Eles terão amplo direito ao contraditório durante todo o processo. Ao final, vamos verificar se eles têm condições de continuar na polícia, considerando também o resultado da investigação criminal", disse.
O delegado Lucas Sá, que tem comandado a Operação Gabarito, explicou ao Portal Correio que os dois suspeitos podem retornar ao trabalho na Polícia Militar normalmente porque não foi requerido na Justiça o afastamento de ambos. “Enquanto não existir um pedido judicial, eles podem trabalhar normalmente. Acredito que o que deveria ter acontecido junto com o a soltura era um pedido de afastamento”, explicou.
As investigações, no entanto, conforme Lucas Sá, não param e a operação segue investigando todos os suspeitos envolvidos. “Esses dois policiais passaram em diversos concursos que estão sendo investigados na Operação Gabarito. A investigação continua, na verdade só está começando. O primeiro objetivo foi prender esse pessoal. No decorrer desse processo devem ocorrer novas prisões e a gente pode conseguir mais medidas cautelares contra eles”, falou o delegado.
Portal Correio
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