Volume de água desviado ilegalmente da Adutora do Prata, só em um mês, seria suficiente para atender a população de Santa Cruz do Capibaribe durante dez dias (Foto: Compesa/Divulgação)
A Compesa passou a suspeitar da ocorrência de furtos na Adutora do Prata ao registrar, no período das 22h às 6h, uma redução da vazão que chegava a 100 litros de água por segundo, o equivalente a 25% do volume total do sistema que atende as seis cidades situadas no Agreste, região que enfrenta o sétimo ano consecutivo da seca. "O desvio de água estava influenciando diretamente o cumprimento do calendário dos setores atendidos pelo Sistema Prata, pois em algumas localidades a água chegava com baixa pressão e em outras nem chegava", informou o gerente de Unidade de Negócios da Compesa, Mário Heitor Filho.
Por este motivo, a companhia solicitou o apoio do Ministério Público de Pernambuco, que por sua vez acionou a Polícia Civil para investigar a ocorrência de furtos de água na Adutora do Prata. As investigações da Operação Igarapé ganharam desfecho com o cumprimento de três mandados de prisão temporária e 18 de busca e apreensão domiciliar. A ação envolveu 18 equipes da Polícia Civil, com a participação 110 policiais, quatro equipes do Instituto de Criminalística, além de 45 profissionais da Compesa.
Além dos prejuízos para o abastecimento da população, os furtos provocaram uma perda no faturamento da companhia estimado entre R$ 300 mil a R$ 500 mil, no período de 30 dias. Até a próxima semana, a Compesa irá calcular os valores das multas correspondentes ao volume estimado de água furtado, considerando o tempo que as ligações foram feitas e os diâmetros das tubulações das ligações clandestinas.
Assessoria da Compesa
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