Desde a demissão de Eduardo Baptista, na quinta-feira à noite, Cuca era o favorito de diretoria e torcida para comandar o time. Mais: o fantasma dele assustava o ex-treinador desde que o último trabalho foi iniciado, em janeiro. Já em fevereiro, pelo Paulistão, gritos de "Cuca" surgiram nas arquibancadas.
Antes da falar da parte tática, é impossível não citar o lado humano de Cuca. Sincero nas entrevistas e explosivo dentro de campo, foi considerado muitas vezes um representante da torcida no banco de reservas. Tanto na parte boa, ao jogar junto com a arquibancada, quanto na parte ruim, nas cobranças mais fortes dentro do grupo.
Dentro de campo, Cuca comandou uma reformulação grande no clube. Foi ele que montou o time campeão brasileiro e, após uma campanha vexatória na Libertadores do ano passado (eliminado na fase de grupos, sob o comando de Marcelo Oliveira), mexeu com os jogadores e com a torcida ao criar um perfil vencedor.
Aliás, um dos momentos mais marcantes de Cuca como técnico do Palmeiras aconteceu logo no início da primeira passagem, ao ser eliminado do Paulistão pelo Santos, nas semifinais: o técnico prometeu conquistar o Brasileirão.
As semelhanças entre os inícios de campanhas de 2016 e 2017 sempre mantiveram Cuca no radar dos palmeirenses. Se Marcelo Oliveira não fez o time andar até março do ano passado, Eduardo Baptista deixa em maio um time praticamente classificado para as oitavas de final da Libertadores, mas com um futebol questionado e, principalmente, uma eliminação inesperada para a Ponte Preta no Paulistão.
O presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, nega que Cuca tivesse problemas de relacionamento com jogadores e dirigentes:
– Eu não tenho informação de que o Cuca teve problema com a diretoria, com jogadores. O Cuca saiu em dezembro por problemas particulares. Ele me disse isso em novembro, quando eu era candidato (à presidência, na sucessão de Paulo Nobre). Ele me disse que precisaria de seis meses. Em nenhum momento, ele me disse que tinha problemas com a diretoria. E eu não tive nenhuma informação da diretoria que ele teve problema – declarou o atual presidente do clube.
Depois da derrota para o Jorge Wilstermann na última quarta-feira, na Bolívia, o Palmeiras volta a jogar somente no dia 14, quando estreia no Campeonato Brasileiro, diante do Vasco, na arena. Pela Libertadores, o próximo compromisso é somente no dia 24, contra o Atlético Tucumán, da Argentina, também em casa, pela última rodada da fase de grupos – o Verdão pode até perder por um gol de diferença para se classificar por conta própria.
G1
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