Os Estados e municípios vão indicar as áreas onde moram as famílias a serem beneficiadas pelo programa. Até o fim deste mês, deve ser lançado o edital do Cartão Reforma definindo mais regras para a utilização dos recursos. Num primeiro momento, poderão ser contemplar cerca de 170 mil famílias em todo o País.
A iniciativa foi aprovada pelo Congresso, em abril último, com um orçamento de R$ 1 bilhão. No entanto, esse montante diminuiu devido aos cortes orçamentários e deve ficar entre R$ 500 milhões e R$ 700 milhões, a serem liberados no segundo semestre deste ano em todo o Brasil.
Os benefícios poderão variar entre R$ 2 mil e R$ 9 mil por família. A expectativa do Ministério das Cidades é de que o valor médio seja de R$ 5 mil. Os recursos poderão ser gastos somente com material de construção. A mão de obra para fazer a reforma deve ser bancada pela família, como uma contrapartida.
As famílias a serem contempladas devem apresentar uma renda mensal de até R$ 2.811. Terão prioridade os grupos familiares chefiados por mulheres, os de renda mais baixa ou que tenham um idoso ou pessoa com deficiência.
Além dos recursos a serem empregados na compra do material de construção, o governo federal via Ministério das Cidades deve liberar um recurso para a assistência técnica e fiscalização das reformas. Pelo que foi divulgado ontem, a iniciativa terá a seguinte sistemática: as famílias interessadas procuram o setor de habitação da prefeitura local e dizem qual o tipo de reforma necessária ao imóvel. Os fiscais vão ao local e somente depois de uma avaliação liberam os recursos para a família. Eles também vão verificar se a reforma foi realizada.
Além dos recursos para as famílias (R$ 75,9 milhões), podem ser liberados R$ 11,3 milhões para os serviços de assistência técnica e fiscalização do programa. Isso significa que somente em Pernambuco poderão ser injetados R$ 87,2 milhões.
Segundo informações que o ministro das Cidades, Bruno Araújo, o lançamento do cartão ocorrerá no final de junho em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Deputado federal pelo PSDB, o ministro é um provável candidato a governador do Estado na próxima eleição.
Crescimento – As vendas no varejo de material de construção aumentaram 3% no primeiro quadrimestre de 2017, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Pesquisa Tracking Mensal da Anamaco, que escutou 530 lojistas entre os dias 25 a 30 de abril. No entanto, houve uma retração de 8% no acumulado dos últimos 12 meses.
O setor considerou que o movimento de abril foi estável, comparando com o mesmo mês do ano passado. “Tivemos um março muito superior ao do ano passado, por isso já esperávamos retração no mês de abril, que é de vendas mais modestas, se comparado ao restante do ano. Os diversos feriados, assim como a tensão gerada pela greve em plena sexta-feira, véspera de um feriado longo, prejudicaram o desempenho no final do mês”, explica o presidente da Anamaco, Cláudio Conz.
Jornal do Commercio
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