“Eles estão se preparando para continuar trabalhando. Mesmo se tiver aposentadoria, eles vão continuar empreendendo. Quantas pessoas mais velhas não vemos atrás de um balcão ou de um caixa?”, disse o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos. Segundo Afif, há empreendedores com 80 anos que continuam trabalhando, dependendo do estado de saúde. Já 45% dos empreendedores pensam em se aposentar algum dia e 8% já são aposentados.
Entre os que planejam parar, 57% consideram que dependerão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A aposentadoria privada é vista como fonte de renda para 19% dos entrevistados. Mais 18% acreditam que os investimentos próprios serão suficientes para seu sustento.
De acordo com a pesquisa, os microempreendedores individuais (MEI) são os que mais esperam receber a aposentadoria do INSS, 61% da categoria. “Ele entrou [no mercado] como MEI por causa da aposentadoria”, disse. Para o Sebrae, a possibilidade de ser um segurado da Previdência Social é um estímulo para esses empreendedores – que faturam até R$ 60 mil por ano – se formalizarem.
O trabalhador informal que se torna um MEI legalizado é enquadrado no Simples Nacional e fica isento dos tributos federais, como os impostos de Renda e Sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integraççao Social (PIS) e as contribuições para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Ele paga apenas um valor fixo mensal para ter acesso a benefícios como os auxílios-maternidade e doença e a aposentadoria.
Agência Brasil
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