terça-feira, abril 25, 2017

Organização Mundial da Saúde quer aumentar esforços globais contra a malária


A Organização Mundial da Saúde (OMS) quer aumentar os esforços globais de prevenção da malária para salvar vidas. A declaração marcou o foco da agência da ONU para lembrar o Dia Mundial da Malária, nesta terça-feira (25). A data foi criada para reforçar o empenho pelo controle mais eficaz desta doença. As informações são da ONU News.

Segundo relatório da OMS lançado no ano passado, os casos de malária no mundo caíram 41% e as mortes 62% entre 2000 e 2015. A agência calcula que os números revisados do documento podem mostrar que 6,8 milhões de vidas foram salvas por causa de medicamentos, tratamentos e mosquiteiros.

A estratégia global da OMS para a malária entre 2016 e 2030 determina uma redução de pelo menos 90% dos casos da doença em 35 países. O plano quer também prevenir a reintrodução da malária em todos os países que já estejam livres da doença.

No Brasil e no mundo

Em entrevista à ONU News, o coordenador do Centro de Pesquisa, Diagnóstico e Treinamento em Malária da Fiocruz, no Rio de Janeiro, o médico Cláudio Tadeu Ribeiro, falou sobre a situação da doença no Brasil.

"A OMS fez uma proposta para que, em 15 anos, os países endêmicos reduzissem em 75% a transmissão (da malária). O Brasil alcançou esta meta em 2014, ou seja em 14 anos e não 15. Então, nós reduzimos (a doença) em 75% e continuamos reduzindo. Nós temos hoje no país cerca 128 mil casos da enfermidade," afirmou.

Atualmente, 90% dos casos de malária no mundo estão na região da África Subsaariana. A OMS diz que milhões de casos foram evitados em toda essa área graças ao uso de mosquiteiros impregnados com inseticidas. Mas apesar dos avanços conquistados até agora, a doença continua sendo considerada uma grande ameaça à saúde pública.

Eliminação

As perspectivas da agência para alcançar as metas de eliminação da malária são positivas.
"A gente acredita sim que se possa eliminar (a malária) em muitos países e levar o número a números residuais para que a gente possa então adequar as estratégias de controle para visar a erradicação. Se ela é possível, ainda é uma outra questão, mas nós continuamos com o discurso de que essa perspectiva é uma realidade atingível", disse o médico da Fiocruz.

Agência Brasil

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