segunda-feira, abril 10, 2017

Em três meses, Cetas Tangara devolveu 1.585 animais silvestres à natureza

Balanço do primeiro trimestre de 2017 registra muita movimentação no Centro de Triagem da CPRH (Foto: CPRH/Divulgação)

Nos primeiros três meses deste ano, o Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara), da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), registrou a entrada de 2.781 animais para tratamento e readaptação, muitos deles vítimas de maus-tratos e/ou do tráfico. No mesmo período, devolveu 1.585 à natureza, em área de solturas monitoradas no Estado. Não há comparação com o primeiro trimestre de 2016, uma vez que a contabilidade começou a ser feita em março do ano passado. Mas os números espelham a crescente movimentação no Centro.

O maior número é de aves: entraram 2.396 no trimestre janeiro-fevereiro-março, enquanto 1.415 ganharam de volta a liberdade. As tabelas Entrada/Soltura do período mostram ainda que, este ano, o Cetas já recebeu 195 répteis (libertou 91), 186 mamíferos (76 recuperaram a liberdade) e 4 aracnídeos (3 devolvidos à natureza).

A CPRH assumiu a salvaguarda de animais silvestres em 2014, quando um acordo de cooperação técnica foi formalizado com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O Cetas Tangara funciona numa área de 2,6 hectares no bairro de Guabiraba, Recife. Tem clínica veterinária e recintos apropriados para receber e tratar os animais silvestres adequadamente, preparando a readaptação dos mesmos para posterior soltura.

O Cetas recebe os animais apreendidos em fiscalizações realizadas pela própria CPRH ou por parceiros como a Cipoma (Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente), Polícias Rodoviária Federal (PRF), Federal (PF) e Civil, Ibama, brigadas ambientais municipais etc. Também ocorrem as chamadas “entregas voluntárias”, quando animais silvestres encontrados feridos e/ou que estejam sendo criados inadequadamente em cativeiros são levados ao Centro por pessoas que procuram a CPRH.

Os números do Cetas também mostram o lado mais perverso dos maus-tratos causados aos animais, assim como o dos acidentes em que muitos são vítimas (choques e queimadas, por exemplo). No primeiro trimestre de 2017, o Centro de Triagem da CPRH contabilizou 442 óbitos de animais que ingressaram no Cetas com um grau de debilitação muito elevado. Foram 374 aves, 49 mamíferos, 18 répteis e 1 aracnídeo.

Núcleo de Comunicação Social e Educação Ambiental - NCSEA
Agência Estadual de Meio Ambiente - CPRH

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