O filho da vítima, Cleiton Christian Cassimiro dos Santos Silva, de 25 anos, ouviu de duas mulheres que também estavam no coletivo o relato sobre como tudo aconteceu. "As testemunhas disseram que o ônibus passava pela subida do Ibura de Baixo, na BR, quando os dois homens anuciaram o assalto. Quando chegou perto da passarela da BR, o motorista reduziu a velocidade e abriu a porta para que eles descessem, mas eles mandaram o motorista seguir e começaram a gritar dizendo que iam matar todo mundo. Minha mãe se desesperou e se jogou pela porta. Disseram que todo ônibus tem um equipamento chamado de 'anjo da guarda' que não deixa a porta abrir com o ônibus em movimento, mas as testemunhas disseram que o ônibus não estava correndo, mas também não estava parado", contou Cleiton.
Ainda segundo testemunhas, o ônibus era antigo e a câmera de segurança não estaria funcionando. Elas contaram a Cleiton que uma mulher gritou avisando que Cláudia havia caído, mas o ônibus seguiu viagem e os assaltantes só desceram nas imediaões do posto de combustíveis Padre Cícero. A vítima foi socorrida com vida por uma viatura policial e levada para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Lagoa Encantada, que contactou a família durante a madrugada. De lá, a paciente foi encaminhada para os hospitais Dom Helder Camara e Restauração, onde faleceu. O corpo foi encaminhado para o Instituto de Medicina Lega (IML), no Recife, onde a família aguarda o laudo com a causa da morte. O esposo de Cláudia fez um boletim de ocorrência e está reunindo as testemunhas para prestarem depoimento sobre o caso. O sepultamento ainda não tem hora marcada, mas deve ser realizado nesta terça-feira, no Cemitério de Santo Amaro.
Os familiares aguardam a chegada de uma irmã de Cláudia, que mora na Alemanha, para realizar a cerimônia. Cláudia deixa dois filhos, de 25 e 21 anos e o marido. Ainda na noite do domingo, após voltar do IML, o mais velho, Cleiton, tatuou o nome da mãe acima do peito. "Peço a todos que façam o que puderem para ajudar. Quero resolver de tudo que ela tenha o direito da justiça", disse.
Diário de Pernambuco
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