Operação apreendeu explosivos e armas, entre elas dois fuzis R15 e duas pistolas .40. Foto: Carol Sá Leitão/ DP
Durante a madrugada desta quinta os criminosos fizeram vários reféns durante uma investida contra agências bancáriasCarro utilizado na investida foi achado perto dos corpos dos suspeitos e, dentro do veículo, material explosivo. Foto: Wagner Oliveira/ DP
Seis suspeitos mortos, três presos e um ferido, além de três vítimas feridas e armas e explosivos apreendidos. Esse é o saldo de uma investida contra três agências bancárias cometida na madrugada desta quinta-feira, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A Polícia Civil alega que uma operação realizada em conjunto com a Polícia Militar, deu uma pronta resposta e conseguiu frustrar o roubo de uma grande quantidade de valores.
Apesar de ter explodido equipamentos do Banco do Brasil e do Itaú e invadido ainda a agência da Caixa Econômica Federal (CEF), a quadrilha não teve acesso aos cofres grandes, levando apenas moedas e uma pequena quantidade em cédulas de menor valor. Uma entrevista coletiva será concedida na sede do Quartel da Polícia Militar, no bairro do Derby, no Recife, nesta tarde. Já os presos, apreensões e testemunhas foram encaminhados para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), no bairro de Afogados, no Recife.
Tudo começou por volta das 3h30 quando algumas pessoas que estavam no Centro do Cabo foram rendidos pelos criminosos e moradores da cidade foram acordados com o som de explosões e disparos de grosso calibre. Durante a investida, que durou cerca de uma hora, os bandidos invadiram uma residência e efetuaram diversos disparos contra a sede da Defesa Social do município, impedindo a saída dos guardas municipais que estavam de plantão. A população ficou aterrorizada. O prédio da delegacia e uma viatura também foram alvos dos disparos. Várias pessoas foram feitas de reféns pelo grupo criminoso. As pessoas foram deixadas em um canavial do município.
Para dificultar a chegada da polícia, um ônibus que transportava trabalhadores para Suape foi interceptado. Os passageiros foram obrigados a descer e o veículo foi atravessado na antiga BR-101, paralela à Avenida Getúlio Vargas, onde ficam as agências. Além disso, blocos foram colocados em frente ao banco Itaú. "Eles diziam que não iriam fazer nada com a gente, mas que queria o dinheiro dos bancos e que tinham munições para trocar tiros com a polícia", contou um dos reféns.
Um homem que passava de moto pela BR foi abordado pelos bandidos, mas teria se recusado a parar e foi baleado na perna, sendo socorrido para o Hospital Mendo Sampaio, no Cabo, e transferido para o Hospital Dom Helder, também no Cabo. Um motorista, que passava em frente ao Banco do Brasil, também teve o carro alvejado a tiros, mas não foi ferido. Também foram levados para o Dom Helder outras duas testemunhas e um dos assaltantes.
Levando reféns, o grupo fugiu em direção à Escada, na Mata Sul do estado, pela BR-101. Eles seguiram para uma área de matagal no município de Moreno, onde foram localizados com a ajuda de um helicóptero e houve troca de tiros com a Polícia Militar. A perseguição policial contou com o apoio de policais de vários batalhões. Os reféns, moradores do Cabo que seguiam para o trabalho quando foram abordados, foram liberados em uma área de canavial.
Além das prisões, a operação apreendeu explosivos e armas, entre elas dois fuzis R15 e duas pistolas .40. Dois carros utilizados na investida criminosa foram achados perto dos corpos dos cinco suspeitos. Os veículos foram um Cruze e um Spin. Dentro do Cruze foram encontrados moedas, roupas e explosivos. Equipes do Instituto de Criminalística e do Instituto de Identificação Tavares Buril estiveram na área de canavial de Moreno para periciar os corpos e os carros.
Outra ação - Bandidos também explodiram um caixa eletrônico do Banco do Brasil (BB) localizado no Centro de Lagoa do Carro, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Na madrugada desta quinta-feira, o grupo chegou à cidade, atirando contra o destacamento policial do município.
Diário de Pernambuco
Com informações dos repórteres Wagner Oliveira e Carol Sá Leitão
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