quarta-feira, março 15, 2017

Codevasf realiza peixamento com 10 mil alevinos em municípios mineiros nesta quinta (16)

O evento acontecerá nos municípios de Pompeú e Martinho Campus; serão usados alevinos da espécie curimatã pacu (Foto: Divulgação/Codevasf)

Na quinta-feira (16), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) realiza mais um peixamento na porção mineira da Bacia do São Francisco, trecho dos municípios de Pompeú e Martinho Campus. No total, serão soltos cerca de dez mil alevinos da espécie curimatã pacu. Os alevinos foram produzidos no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Três Marias (1ª/CIT), unidade técnico-científica da Companhia. Trata-se de mais uma ação de repovoamento no âmbito da revitalização do Velho Chico, e faz parte das ações que serão promovidas pela Codevasf em comemoração ao Dia Mundial da Água (22 de março).

Em Pompeú o peixamento começa às 10h, no pontal do rio Pará, que integra a bacia hidrográfica do São Francisco no estado, sendo um dos principais contribuintes do reservatório de Três Marias. Para o lançamento dos cinco mil alevinos nas águas do rio está prevista a participação de alunos da rede municipal de ensino.

“Esse evento tem apoio da prefeitura municipal, por meio das Secretarias de Educação e do Meio Ambiente. Está prevista também a participação do Ministério Público, Emater, IEF, Polícia Militar Ambiental), dentre outras”, explica o engenheiro de pesca José Cláudio dos Santos, da 1ª/CIT.

No município de Martinho Campus o evento será a partir das 14h, na Lagoa dos Buritis. No local, também serão soltos cinco mil alevinos, contando com a participação de alunos das redes municipal e estadual. Além do apoio da prefeitura municipal, por meio da Secretaria de Projetos, o peixamento terá a participação da Polícia Militar Ambiental, Emater, IEF, Fórum, Câmara Municipal, APAE e Ministério Público, além de empresas privadas.

“Esse trabalho é diretamente ligado ao fortalecimento da pesca familiar e artesanal, e à questão da preservação dos rios. A Codevasf tem desenvolvido pesquisas de ponta sobre técnicas de reprodução e tem um corpo técnico dedicado, experiente e focado nas ações que garantam tanto o repovoamento dos rios com espécies nativas, como a renda para o setor de pesca artesanal. É um trabalho muito gratificante”, afirma Inaldo Guerra, diretor da Área de Revitalização de Bacias Hidrográficas da Codevasf, em cujo âmbito está a ação.

Durante os meses de março, abril e maio, estão previstos outros peixamentos promovidos pela Codevasf na região: em Lagoa da Prata e Luz, no dia 22/03; Itaúna, em 29/03; Bom Despacho, em 12/04; Piumhi, em 26/04 e Iguatama, no dia 10/05.

Recursos pesqueiros

Desde 2007, os sete Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Codevasf produziram 146 milhões de alevinos, sendo 66 milhões de espécies nativas e 80 milhões de espécies não nativas, utilizadas para apoio à piscicultura extensiva e intensiva.
Apenas no ano passado, foram 12 milhões de alevinos produzidos nos centros da Companhia. Desses, 5,3 milhões foram de espécies nativas e 6,7 milhões de espécies não nativas. Os Centros também realizaram 38 ações de peixamentos com espécies nativas em toda a bacia do São Francisco no ano de 2016.

Somente o Centro de Três Marias produziu, em 2016, cerca de 1,2 milhão de alevinos de espécies nativas da bacia do São Francisco, utilizados em ações de peixamento. Ao longo do ano, o centro também realiza atividades de educação ambiental, recebendo alunos de escolas da região, além de pesquisadores e estudantes universitários. No ano passado, aproximadamente 570 pessoas visitaram o local, sendo 300 estudantes de escolas da região.

ONU foca no tema "Águas residuais"

Mais de um quarto das mortes de crianças com menos de cinco anos, em todo o planeta, são causadas por fatores ambientais como poluição, falta de saneamento e uso de água imprópria para o consumo. Anualmente, 1,7 milhão de meninos e meninas nessa faixa etária, em todo o mundo, morrem porque vivem em locais insalubres. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) - braço da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ainda segundo a ONU, mais de 80% do esgoto produzido pelos seres humanos volta à natureza sem ser tratado. Para beber, cerca de 1,8 bilhão de pessoas usam fontes de água contaminadas por fezes, o que as coloca em risco de contrair cólera, disenteria, febre tifoide e poliomielite. Atualmente, há mais de 663 milhões de pessoas sem acesso a fontes de água potável perto de onde moram.

Para reverter esse cenário e garantir a utilização sustentável dos recursos hídricos, as Nações Unidas chamam governos, o setor privado e a sociedade civil a se mobilizarem contra o desperdício de água. Feito por ocasião do Dia Mundial da Água, lembrado em 22 de março, o apelo da ONU convoca países a implementarem políticas eficazes de saneamento, além de solicitar mudanças de hábito a todos os habitantes do planeta Terra.

A organização internacional aponta que as chamadas águas residuais – recursos hídricos utilizados em atividades humanas, tornando-se impróprios para o consumo – podem ser reaproveitadas na indústria, em setores que não precisam tornar a água potável para utilizá-la como insumo. É o caso de sistemas de aquecimento e resfriamento.

Codevasf

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