Corte e costura, artesanato e culinária são algumas das atividades desenvolvidas por 56 mulheres em área rural da Chapada Diamantina (Foto: Cássio Moreira/Codevasf)
Sucos de frutas, bolos, sequilhos, doces e outras iguarias; roupas, toalhas, lençóis e panos de prato. Quitutes e confecções convivem lado a lado na Associação Comunitária e Assistencial dos Pequenos Agropecuaristas de Mônica (Acapam), que reúne 56 mulheres desta comunidade rural situada em Morro do Chapéu, na Bahia, gerando ocupação e renda com apoio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Desde a criação da associação, há 16 anos, as mulheres celebram terem tirado os filhos dos campos de sisal, onde ajudavam no sustento da família. Elas já haviam sido estruturadas com uma cozinha onde fabricam as iguarias, e acabam de ganhar da Codevasf equipamentos para fortalecer o Ateliê Regina Miranda, espaço dedicado aos artesãos, costureiras e bordadeiras da comunidade.
Máquina portátil de costura, máquina de costura industrial, uma máquina de costura Galoneira - utilizada em tecidos mais delicados, na confecção de bainhas e costuras artesanais -, um ferro de passar a vapor, uma mesa retangular para o corte padronizado de camadas de tecidos (enfesto), uma máquina bordadeira computadorizada, tesouras e fitas métricas fazem parte do novo arsenal.
“A situação está cada vez melhor”, comemora Ana Figueiredo, uma das fundadoras da Acapam. “Com a chegada dos equipamentos de corte e costura, o grupo de mulheres que trabalha no ateliê Regina Miranda irá aumentar - e, com a melhoria da qualidade e o aumento da quantidade, vamos poder participar de processos licitatórios para confecção de fardamentos para escolas, creches e hospitais”, aposta.
Para o presidente da associação, Rildo Nei Almeida de Oliveira, “é uma oportunidade para incrementar a renda de famílias da associação, que já estão preparadas profissionalmente para começar a produzir”. A diretoria da Acapam prevê um aumento de 50% na produção de vestuários e peças artesanais com o uso do novo kit de costura.
Segundo o técnico da Codevasf Luciano Rocha, que acompanha a ação, “a Companhia tem desenvolvido um papel muito importante na vida de muitas famílias do semiárido baiano. Os investimentos feitos resultam em uma autonomia para a comunidade, e consequentemente, no melhoramento de sua cadeia produtiva”.
Na opinião do superintendente regional da Codevasf em Juazeiro, Misael Aguilar Silva Neto, “investir nesta atividade têxtil significa também estimular o empreendedorismo local. A comunidade, além de fortalecer a economia regional, terá melhores condições para a produção e poderá desenvolver um bom trabalho com a participação de todas as famílias envolvidas neste processo”.
Codevasf
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