terça-feira, fevereiro 14, 2017

Porção alagoana da bacia do São Francisco recebe da Codevasf 160 mil peixes de cinco espécies nativas

O próximo passo é repovoar Velho Chico com alevinos de pirá, que desapareceu das águas na região há três décadas, anuncia superintendente (Foto: Bruno Santos/Codevasf)

Cerca de 160 mil peixes de espécies nativas piau, xira, piaba, matrinxã e curimatã-pioa foram inseridos no último domingo (12) pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em trechos do rio São Francisco no município de Porto Real do Colégio, trecho alagoano da bacia.

As espécies são produzidas no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba, centro tecnológico e científico da Codevasf localizado em Porto Real do Colégio e que atua para reintrodução de espécies nativas extintas ou ameaçadas de extinção na região do Baixo São Francisco.

Segundo o superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Antônio Nélson Oliveira de Azevedo, os peixamentos realizados pela companhia têm alcançado importantes avanços no processo de recomposição da ictiofauna nativa da bacia do São Francisco.

“A população ribeirinha do São Francisco tem reconhecido o sucesso desta ação da Codevasf, a exemplo do reaparecimento da matrinxã. Temos dado uma importante contribuição para a vida dentro e fora do rio, pois é esse pescado que garante renda e segurança alimentar para milhares de famílias de ribeirinhos”, declarou.

O superintendente anunciou que o próximo passo será iniciar os repovoamento da bacia com o peixe símbolo da bacia do São Francisco, o pirá, que praticamente havia desaparecido do rio no Baixo São Francisco. “Estamos apenas aguardando a produção de alevinos em quantidade suficiente para iniciar o processo de repovoamento da bacia com essa espécie”, revelou Azevedo.

O peixamento em Porto Real do Colégio foi realizado em dois momentos. No primeiro, os peixes foram inseridos no rio com a utilização de uma rampa própria. No segundo momento, a população que desfrutava o domingo de sol nas águas do “Velho Chico” aproveitou para participar da atividade, soltando os peixes nas margens do rio São Francisco.

Peixamentos

Desde 2007, os Centros Integrados de Recursos Pesqueiros e Aquicultura, unidades técnico-científicas da Codevasf, já produziram 146 milhões de alevinos, sendo 66 milhões de espécies nativas e 80 milhões de espécies não nativas, utilizados para apoio à piscicultura extensiva e intensiva.

Só no ano passado, foram 12 milhões de alevinos soltos em toda a bacia hidrográfica do São Francisco. Desses, 5,3 milhões foram de espécies nativas e 6,7 milhões de espécies não nativas. Os Centros também realizaram, em 2016, 38 ações de peixamentos com espécies nativas em trechos diversos da bacia.

Codevasf

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