segunda-feira, fevereiro 27, 2017

Museu em SP inaugura ambiente virtual que permite encontro com dinossauros

Sala de realidade virtual no Museu Catavento, em São Paulo, tem exposição sobre dinossauros (Foto Pedro Jackson/Divulgação)

Os dinossauros que habitaram o território brasileiro há 250 milhões de anos podem ser vistos em três dimensões no Museu Catavento, no Brás, região central da capital paulista. A instituição inaugurou uma sala de realidade virtual que reproduz a vegetação, o relevo e os animais que viviam em períodos anteriores ao surgimento do homem na Terra.

“É uma experiência, fantástica e baseada em pesquisas”, afirma o secretário estadual de Cultura, José Roberto Sadek sobre como o ambiente foi elaborado a partir das descobertas feitas em diversas áreas. O projeto teve consultoria do professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo Luiz Anelli.

A tecnologia é muito usada, como explica Sadek, em projetos de pesquisa e industriais. “Foi muito usada em estudos técnicos de submarinos, plataforma de perfuração de petróleo, estudos geológicos e também alguns estudos espaciais. As fábricas de aviões sempre têm modelos de realidade virtual”, acrescentou.

A programação elaborada para o Catavento, porém, facilita a compreensão, de forma divertida, dos dinossauros que habitaram o Brasil nos períodos Triássico e Cretáceo, entre 250 milhões e 65 milhões de anos.

Em uma sala climatizada e com óculos específicos, os espectadores têm a sensação de estar inseridos naquele ambiente. “Você bota aqueles óculos, vira a cabeça e enxerga o que teria do lado. Olha para cima, enxerga o que teria para cima. Eu olho para o céu, vejo se tinha sol naquele dia”, contou Sadek, em entrevista à Agência Brasil, sobre a imersão que permite ver de perto os imensos animais pré-históricos. Apesar da proximidade com as criaturas ameaçadoras, o secretário garante que a experiência é tranquila. “Não tem nada daqueles sustos do cinema não”.

A programação tem 40 minutos de duração, sendo exibida para 25 pessoas de cada vez em sete sessões diárias.

Com 100 anos, o Palácio das Indústrias, onde funciona o museu, acaba de ser reformado, ao custo de R$ 1,2 milhão. Toda a fachada do imóvel, que já abrigou a Assembleia Legislativa de São Paulo e a prefeitura da capital paulista, foi recuperada.

Agência Brasil

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