Sala de realidade virtual no Museu Catavento, em São Paulo, tem exposição sobre dinossauros (Foto Pedro Jackson/Divulgação)
Os dinossauros que habitaram o território brasileiro há 250 milhões de anos podem ser vistos em três dimensões no Museu Catavento, no Brás, região central da capital paulista. A instituição inaugurou uma sala de realidade virtual que reproduz a vegetação, o relevo e os animais que viviam em períodos anteriores ao surgimento do homem na Terra.
“É uma experiência, fantástica e baseada em pesquisas”, afirma o secretário estadual de Cultura, José Roberto Sadek sobre como o ambiente foi elaborado a partir das descobertas feitas em diversas áreas. O projeto teve consultoria do professor do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo Luiz Anelli.
A tecnologia é muito usada, como explica Sadek, em projetos de pesquisa e industriais. “Foi muito usada em estudos técnicos de submarinos, plataforma de perfuração de petróleo, estudos geológicos e também alguns estudos espaciais. As fábricas de aviões sempre têm modelos de realidade virtual”, acrescentou.
A programação elaborada para o Catavento, porém, facilita a compreensão, de forma divertida, dos dinossauros que habitaram o Brasil nos períodos Triássico e Cretáceo, entre 250 milhões e 65 milhões de anos.
Em uma sala climatizada e com óculos específicos, os espectadores têm a sensação de estar inseridos naquele ambiente. “Você bota aqueles óculos, vira a cabeça e enxerga o que teria do lado. Olha para cima, enxerga o que teria para cima. Eu olho para o céu, vejo se tinha sol naquele dia”, contou Sadek, em entrevista à Agência Brasil, sobre a imersão que permite ver de perto os imensos animais pré-históricos. Apesar da proximidade com as criaturas ameaçadoras, o secretário garante que a experiência é tranquila. “Não tem nada daqueles sustos do cinema não”.
A programação tem 40 minutos de duração, sendo exibida para 25 pessoas de cada vez em sete sessões diárias.
Com 100 anos, o Palácio das Indústrias, onde funciona o museu, acaba de ser reformado, ao custo de R$ 1,2 milhão. Toda a fachada do imóvel, que já abrigou a Assembleia Legislativa de São Paulo e a prefeitura da capital paulista, foi recuperada.
Agência Brasil
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