Ontem, o delegado chefe Antônio Barros apresentou um balanço das Operações de Repressão Qualificada (ORQs) de 2016 e destacou as prioridades para este ano. Este tipo de operação está ligado ao combate às quadrilhas. O delegado ressaltou que o foco no ano passado foram os homicídios e o combate às organizações criminosas.
“Em 2017 vamos expandir este leque de investigações. Estamos nos organizando para combater os crimes de pedofilia e pornografia infantil. Recebemos recentemente um software do governo norte-americano, através do consulado, que vai possibilitar investigações dessa natureza de forma qualificada”, citou. Barros informou que ao longo do ano a Civil realizou 44 Operações de Repressão Qualificada, com 580 presos. Para efeito de comparação, em 2007 foram realizadas três ações, com 83 presos.
De janeiro a novembro de 2016, foram registrados 4.007 homícidios em Pernambuco, 466 a mais se comparados ao mesmo período de 2015 (3.541). Entre os presos nas operações de repressão, 32% respondem pelo crime de homicídio. Já o tráfico de drogas representa 23%. “Os homicídios, em sua maioria, estão também relacionados ao tráfico de drogas. São crimes interligados”, destacou.
Uma das operações, a Vox Populi, investigou um grupo responsável por roubos, tráfico e homicídios em Lagoa do Itaenga, prendendo 30 envolvidos. O chefe da polícia também lembrou que em 2016 foram presas 110 pessoas envolvidas com ações criminosas contra bancos e instituições financeiras. Entretanto, nem todas as ações são incluídas nas operações. “Inicia-se a investigação comum da Polícia Civil. Caso seja identificado que existe uma associação criminosa por trás daquela ação pontual, iremos investigar como ORQ, para conseguir desarticular toda a quadrilha”, disse.
Em novembro de 2016, a Polícia Civil montou uma força-tarefa para investigar explosões e assaltos a instituições financeiras, aumentando de três para sete o número de delegados à frente dos trabalhos. “Todo o país tem sofrido com essa epidemia de explosões a banco, principalmente o Nordeste. Uma das dificuldades é que muitas dessas quadrilhas não residem no estado. Elas estão muito bem armadas e têm acesso fácil aos explosivos”, afirmou Darlison Macedo, gestor de controle operacional e coordeador da força tarefa da Polícia Civil. Antônio Barros ressaltou que este ano será de contratação na Polícia Civil. Há um concurso em andamento, nas etapas de testes físicos e psicológicos. No início do segundo semestre serão nomeados 100 novos delegados e 500 agentes.
Por: Diario de Pernambuco
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