"Hoje, o ícone amado Mary Tyler Moore faleceu aos 80 anos na companhia de amigos e de seu amoroso marido há mais de 33 anos, Robert Levine. Uma atriz inovadora, produtora e apaixonada ativista pela Juvenile Diabetes Research Foundation, Mary será lembrada como um visionária sem medo que transformou o mundo com o seu sorriso", disse sua agente, Mara Buxbaum, em comunicado.
Em 2012, Mary passou por uma cirurgia para remover um meningioma, tumor benigno no tecido que reveste o cérebro. A causa da morte, porém, não foi informada.
Vencedora de seis Emmys, Mary despontou para o estrelato ao interpretar uma dona de casa suburbana no programa de Dick Van Dyke na década de 1960. Seu sucesso foi tanto que lhe rendeu um programa próprio, em que vivia uma mulher solteira sem sorte no amor, que se muda para Minneapolis e consegue um emprego numa estação de TV local. "The Mary Tyler Moore show" ficou no ar entre 1970 e 1977.
Com a série, Mary quebrou padrões. Afinal, não era comum, na década de 1970, que mulheres solteiras e independentes, que pensavam por conta própria, fossem o centro de uma grande produção. Sua personagem inclusive cobrava salários iguais ao de seus colegas de trabalho do sexo masculino que desempenhavam as mesmas funções, além de tomar anticoncepcionais. Com isso, a atriz se tornou um ícone feminista.
Nascida no Brooklyn, em Nova York, em 1936, Mary se mudou com a família para Los Angeles quando tinha 8 anos. Seu sonho era ser dançarina, e ela chegou a ser escalada como bailarina em comerciais de TV.A partir daí, fez participações em diversos programas de TV. Mary chegou a fazer testes para interpretar a filha mais velha de "The Danny Thomas Show", mas não conseguiu o papel porque Thomas disse que uma filha sua jamais teria um nariz tão pequeno.
No entanto, Thomas recomendou Mary a Carl Reiner para o "Dick Van Dyke Show", baseada em sua vida como roteirista de TV. Ela tinha 23 anos quando começou no programa, 11 a menos que seu par romântico na tela. Seu figurino causou polêmica: afinal, ela vivia usando calças capri, em vez de vestidos.
Já transformada em queridinha da TV americana, Mary alcançou um sucesso estrondoso com seu próprio programa, que foi hit de audiência e ganhou 29 Emmys — três para ela, como melhor atriz de comédia, em 1973, 1974 e 1976 —, um recorde para a época.
Em "Gente como a gente", vencedor do Oscar de melhor filme, ela viveu o oposto do que estava acostumada, como Beth Jarret, uma mãe fria, que luta para se conectar com o próprio filho depois que o irmão dele morre.
Mas o premiado longa, estreia de Redford na direção, não foi o começo do caminho para Mary no cinema. Antes de se consagrar na TV, ela fez participação em diversos filmes, como "Avião Foguete X-15", de Richard Donner (1961), e "Ele e as três noviças" (1969), no qual contracenou com Elvis Presley.
Casada com Grant Tinker, um grande executivo da TV que ocupou altos cargos na Fox e na NBC, Mary fundou sua própria produtora, a MTM Enterprises. Com ela, criou séries aclamadas nos EUA como o "Bob Newhart Show" e "Hill Street Blues", além de produzir vários espetáculos na Broadway. A MTM foi vendida em 1988 por US$ 320 milhões.
Recentemente, Mary fez pequenas participações especiais em séries como "That '70s show", "Lipstick jungle" e "Hot in Cleveland".
Mary escreveu duas autobiografias, em que revelou os bastidores de sua tumultuada vida pessoal: ela reconheceu ser alcóolatra e sofria de diabetes. Richie, do primeiro casamento, com Dick Meeker, morreu devido ao disparo acidental de uma espingarda, aos 24 anos, em 1980.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.