Nos municípios do Agreste do estado - que enfrentam a seca há seis anos -, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) instalou cisternas coletivas, o que torna grande a concorrência pela água. Os moradores de Belo Jardim, por exemplo, dizem que vão de três a quatro vezes por dia na cisterna para conseguir uma boa quantidade de água.
Quem não tem paciência para adquirir o produto nas cisternas coletivas, compra água de caminhão-pipa. O preço de 1 mil litros tem variado de R$ 40 a R$ 70. Há um ano, valia a metade.
Mesmo pagando mais, ainda é preciso esperar a disponibilidade dos caminhoneiros. "A gente pede com cinco, e com oito dias é que eles vêm entregar. A demanda é muito grande", ressalta a servidora pública Viviane Silva Barbosa.
Também em Belo Jardim, havia um reservatório utilizado como fonte de abastecimento. No local, os motoristas de caminhão-pipa chegavam, estacionavam e enchiam os caminhões de água. Agora, a água que estava na cisterna secou.
A saída dos caminhoneiros tem sido buscar água em fontes cada vez mais distantes. José Maria, por exemplo, percorre todos os dias 54 quilômetros entre os municípios de São Bento do Una e Garanhuns, no Agreste do estado, para encher os tonéis. A despesa com combustível aumentou e ele repassou os custos para os clientes. "Senão fica ruim da gente trabalhar", disse.
G PE
Sobre a falta de água, o ambientalista João Domingos fala sobre um dos motivos que levou os reservatórios a secarem. "A retirada exagerada [de água], sem as condições para a reposição, [é o que ] está levando [as barragens] ao colapso", alertou.
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