“Em grande parte dos casos, o principal desencadeante de crises vertiginosas é um erro de caráter alimentar. Pessoas que ingerem açúcar em excesso e fazem jejum prolongado estão entre as principais vítimas do problema”, revela o otorrinolaringologista Dr. Fernando Ganança.
Sensação de que você ou tudo ao redor está rodando, impressão de flutuação, afundamento, queda, instabilidade, mareio, enjoo, distúrbios auditivos como zumbido, perda auditiva, intolerância a sons intensos e/ou desorientação espacial estão entre os sintomas de pacientes com Labirintite. “Mudanças no estilo de vida são fundamentais para tratar o problema e evitar recaídas. Erros alimentares devem ser corrigidos e hábitos não saudáveis precisam ser eliminados. É necessário rever o consumo de álcool, café, tabaco e açúcares, além de tratar condições associadas como diabetes e outros distúrbios endócrinos ou metabólicos”, reforça o médico.
Segundo o otorrinolaringologista, o consumo em excesso de açúcares e períodos de jejum prolongado ampliam as chances da pessoa desenvolver uma crise de Labirintite porque tais fatores provocam uma alteração iônica nos líquidos labirínticos, alterando a percepção de orientação espacial e causando os sintomas como tontura, náusea e mal estar.
O problema é mais comum do que se imagina, em estudo realizado na cidade de São Paulo, encontrou-se uma prevalência de 42% do sintoma de tontura na população. “As labirintites podem ser incapacitantes, piorar muito a qualidade de vida dos pacientes e comprometer a realização de atividades profissionais, escolares, sociais, domésticas e de lazer. A limitação que a tontura e a perturbação do equilíbrio corporal acarretam podem isolar e deprimir o paciente com Labirintite”, alerta o profissional, que é membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).
De acordo com Dr. Fernando Ganança, os resultados obtidos com o tratamento adequado atingem a cura e/ou o controle da doença em mais de 90% dos casos. O tratamento pode ser medicamentoso, com exercícios de reabilitação do equilíbrio corporal ou até mesmo procedimentos cirúrgicos, mas estes são realizados na minoria dos casos. “A escolha da opção terapêutica depende da causa da Labirintite, se ela é crônica ou se apresenta em crises, e dos antecedentes pessoais de cada paciente, como possíveis contraindicações, interações medicamentosas, entre outras”, finaliza o otorrinolaringologista.
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