O ex-ministro Geddel Vieira Lima atua nos bastidores e faz contato frequente com os principais integrantes da cúpula do governo Temer
Alvo da Operação "Cui Bono?", o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima mantém sua influência no núcleo duro do Palácio do Planalto, atua nos bastidores e faz contato frequente com os principais integrantes da cúpula do governo. Toda a estrutura montada por Geddel no governo Michel Temer foi mantida, apesar de sua demissão, em novembro passado.
Desde a ausência de Geddel, o dia a dia da pasta tem sido tocado pela secretária executiva Ivani dos Santos, seu braço direito. A Secretaria de Governo é responsável por questões estratégicas, como liberação de recursos para emendas parlamentares, divisão de cargos entre os integrantes da base aliada e articulação de votações de projetos de interesse do Planalto no Congresso.
A "parceria" entre Geddel e Ivani remonta ao período em que o peemedebista foi deputado federal e ocupou a Primeira-Secretaria da Câmara, em 2003 e 2004. Três anos depois, ao ser alçado ministro da Integração Nacional pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele levou Ivani para sua equipe. Antes de assumir o atual posto, ela estava lotada no gabinete da liderança do PMDB na Câmara.
O atual chefe de gabinete da Secretaria de Governo, Carlos Henrique Menezes Sobral, também é considerado um dos "soldados" de Geddel. A exemplo de Ivani, ele ocupou uma cadeira de destaque quando o peemedebista comandou a Integração Nacional. Na ocasião, foi nomeado secretário de Desenvolvimento do Centro-Oeste do ministério.
A relação de Sobral estende-se ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) --preso na Lava Jato--, tendo sido assessor especial do peemedebista na presidência da Câmara.
Estadão Conteúdo
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