A segunda-feira de carnaval não é feriado nacional, como ainda há quem pense, mas dia de ponto facultativo nas repartições públicas e - ainda - feriado bancário. Se é facultativo, pode-se trabalhar ou não, por isso, o carnaval é um período que, ano a ano, se consolida como feriadão restrito às privilegiadas categorias que podem não dar expediente porque não querem trabalhar nesse dia. Aos demais trabalhadores resta a obrigatoriedade de cumprir o seu expediente, com ou sem ressaca.
Não é de todo ruim ter um dia de trabalho para curar a embriaguez do frevo ou cessar, pelo menos durante algumas horas, o ataque dos paredões metralhadoras aos ouvidos dos cidadãos. Sabe-se que feriados prolongados são propícios à violência, sobretudo doméstica, devido ao consumo exacerbado do álcool nesses períodos.
Em Petrolândia, no Sertão de Pernambuco, em visita ao centro da cidade, na manhã de hoje, verificamos ligeiro aumento na quantidade de lojas abertas nesse dia, para satisfação dos clientes e nem tanta assim dos comerciários foliões.
O comércio dos bairros também abriu. Na Avenida Auspício Valgueiro Barros, por exemplo, nas redondezas do Atacado Sanfrancisco, situado na Quadra 12, quase a totalidade das lojas abriram normalmente. Comerciantes informais, ambulantes, colocaram seus bancos e bancas na rua, em busca do sustento cada vez mais dificultado pela crise.
Por estranho que pareça, algumas das lojas que não abriram foram justamente as de artigos de época. Clientes deram com as caras nas portas em busca de fantasias, máscaras e outros itens para o carnaval, afinal a festa só acaba quando termina, à meia noite da Quarta-feira de Cinzas.
Nos bancos, a frequência de clientes caiu porque o dinheiro dos caixas eletrônicos - não é novidade - foi insuficiente para atender à demanda dos clientes. Já nos correspondentes bancários, na sexta-feira passada as filas já eram grandes e, hoje, a espera aumentou.
No centro da cidade, onde o Mercado Público não abriu, o comércio dos supermercados foi agitado, mas o trânsito e a movimentação de pessoas foi calma. Até o soar da sirene da viatura do Corpo de Bombeiros, ao passar na Avenida dos Três Poderes em direção à Auspício Valgueiro Barros.
Em conhecido trecho crítico, uma caminhonete saiu da Auspício Valgueiro Barros em direção à Sabino Costa, e atropelou um mototaxista. O acidente aconteceu em frente à Escola Delmiro Gouveia. O mototaxista foi socorrido ao Hospital Municipal Dr. Francisco Simões. Segundo testemunhas, o acidente foi sem gravidade. Viatura da Polícia Militar, em rondas constantes, atendeu a ocorrência que complicou (ainda mais), durante alguns minutos, o tráfego entre a Avenida Sabino Costa e a rua Dom Pedro II.
Redação do Blog de Assis Ramalho
Fotos: Lúcia Xavier