Medicamento vencido não é remédio. Não use nem jogue no lixo doméstico comum (Fotos: Homupe)
É comum termos em casa medicamentos guardados ou esquecidos em gavetas ou armários, após consumo parcial durante um de tratamento de saúde. Pessoas mais "precavidas", até montam farmacinhas caseiras, com medicamentos que vão de antiácido e analgésico a anti-inflamatórios e antibióticos. Porém, um dos menores riscos de guardar remédios em casa após concluir o tratamento ou ter estoque de fármacos para eventual automedicação é o de consumir medicamento fora da validade. Há perigos maiores como intoxicação por superdosagem ou por uso de substância que cause o agravamento de doenças, além de ingestão acidental por crianças, por exemplo.
Em Petrolândia, o Hospital Municipal Dr. Francisco Simões de Lima, em Petrolândia, por meio do Grupo HumanizAção, disponibilizou aos seus servidores, pacientes e visitantes dois instrumentos para descarte responsável de medicamentos vencidos ou no prazo de validade.
O Hospital Municipal e a Prefeitura de Petrolândia promovem também ação para ajudar no descarte correto de pilhas e baterias usadas, com depósitos (papa pilha) colocados em locais estratégicos para recolhimento do material.
Descarte de medicamentos vencidos - Alguns cuidados devem ser tomados com remédios vencidos, mas nem sempre os consumidores sabem o que fazer. Medicamentos não devem ser descartados no lixo ou na rede de esgoto, pois contêm substâncias químicas resistentes que podem contaminar o solo e a água. O problema é tão sério que, cada vez mais, são encontradas altas concentrações de substâncias de fármacos no meio ambiente e nas estações de tratamento de esgoto. “No futuro, podem ser necessários tratamentos que complementem a remoção adequada dos resíduos de medicamentos”, alerta Sergio Belleza, gerente da divisão de Tratamento de Águas da Argal Química. Para evitar que a contaminação ganhe proporções maiores, entregue remédios vencidos nos postos de descarte. Em todo o Brasil, algumas redes de farmácias, postos de saúde e supermercados já oferecem pontos de coleta específicos para medicamentos.
Por serem biocumulativas, há necessidade do descarte correto de pilhas e baterias usadas
Descarte de pilhas e baterias - As pilhas e baterias de uso doméstico apresentam um grande perigo quando descartadas incorretamente. Na composição dessas pilhas são encontrados metais pesados como: cádmio, chumbo, mercúrio, que são extremamente perigosos à saúde humana. Dentre os males provocados pela contaminação com metais pesados está o câncer e mutações genéticas.
Só para esclarecer, as pilhas e baterias em funcionamento não oferecem riscos, uma vez que o perigo está contido no interior delas. O problema é quando elas são descartadas e passam por deformações na cápsula que as envolvem: amassam, estouram, e deixam vazar o líquido tóxico de seus interiores. Esse líquido, que se acumula na natureza, representa o lixo não biodegradável, ou seja, não é consumido com o passar dos anos. A contaminação envolve o solo e lençóis freáticos prejudicando a agricultura e a hidrografia.
Já existem leis que obrigam os fabricantes a receberem de volta pilhas e baterias, e desta forma dar a elas o destino adequado, mas, sem a conscientização dos consumidores e o compromisso dos distribuidores, a quase totalidade das pilhas e baterias é descartada de forma incorreta.
Redação do Blog de Assis Ramalho
Com informações da Revista Viva Saúde e Mundo Educação