Sabe aquela camisa de botão do seu pai, irmão, marido ou namorado que ele já nem usa? Ela pode ser o afago que muitas crianças precisam. Pelo menos, é o que acredita a professora aposentada Wilma Gomes Mayer, de 56 anos. Ela reuniu amigas, fez um curso de corte e costura e agora transforma roupas e vidas através do projeto Camisas que Protegem.
A iniciativa começou há dois meses após a professora ver uma entrevista na televisão. "Eu vi uma reportagem de uma senhora de quase 90 anos que fazia vestidos para mandar para a África. Depois, conheci uma moça que se inspirou nessa senhora e produzia calças com as mangas das camisas. Fiquei pensando muito nisso. Acho que temos que ser solidários e ajudar a África, claro, é um continente muito pobre, mas tem tanta gente aqui no país, no Nordeste, no interior e até aqui no Recife precisando", contou Wilma.
A partir de então, ela conversou com sua professora de corte e costura, com amigos, familiares e vizinhos e transformou a sua casa em um verdadeiro ateliê. "Nós recolhemos as camisas e fazemos calças com as mangas e vestidinhos com o restante. Em dois meses, conseguimos fazer 11 calças e 40 vestidos", comemorou.
As roupas produzidas foram enviadas ao projeto Amigos do Nordeste e entregues para crianças, de até 12 anos, do povoado Jeritacó, em Ibimirim, no Sertão do Moxotó. Para 2017, a meta continua. "Eu sou a única aposentada do grupo, então só podemos nos encontrar aos sábados. Ao todo, somos seis. Eu já trabalhei na Comunidade do Vietnã, em San Martin, conheço muita gente carente. Não podemos fechar os olhos para isso. Não é um projeto só para o Natal, as pessoas têm necessidade todo os dias", concluiu.
Quem quiser ajudar com o projeto através da costura ou até mesmo doando roupas, pode entrar em contato com Wilma Gomes Mayer pelo celular (81) 9 9132-3228.
Diário de Pernambuco
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