Entre os chamados órgãos sólidos, o coração foi o que teve a maior queda no número de transplantes, de 22% (foram 36 em 2015 e 28 em 2016), seguido de rim, com queda de 20% (de 254 em 2015 para 202 em 2016). Já medula óssea teve uma queda de 13% (de 172, em 2015, para 150, em 2016).
“Só podemos efetivar um transplante se tivermos a autorização familiar do potencial doador. Sem doador não há transplante”, afirma a coordenadora da CT-PE, Noemy Gomes. “Também precisamos chamar a atenção para que os profissionais de saúde participem desse processo, que façam a identificação precoce desse potencial doador, que o mantenham em condições de efetivar o ato. E o mais importante: que acolham as famílias para que elas possam ter as informações suficientes e se sintam seguras em exercer o direito da doação”, completa.
A coordenadora ainda lembra que houve queda de 8% nos transplantes de fígado (de 86, em 2015, para 79, em 2016). “Um paciente na fila de espera por um rim consegue manter as funções vitais por causa das sessões de hemodiálise. Já para os pacientes que aguardam por coração ou fígado, a agilidade no processo é essencial para que eles possam viver”, ressalta Noemy.
DADOS – Entre janeiro e setembro de 2016, Pernambuco realizou 1.062 transplantes de órgãos e tecidos, um crescimento de 9,26% em relação ao mesmo período de 2015, que computou 972 procedimentos. O aumento foi motivado pelos transplantes de córnea, que passaram de 416, em 2015, para 592 este ano, um acréscimo de 42%.
Na fila de espera, 1.215 pessoas, sendo 811 aguardando por um rim, 273 por córnea, 92 de fígado, 22 de medula óssea, 16 de coração e 1 de rim-pâncreas.
DOADORES – Até o momento, Pernambuco registra 14,84 doadores por milhão de população (pmp). O número está dentro da média nacional, de 14,4 pmp, mas abaixo do registrado em 2015, de 18,22 pmp.
SEI-PE
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários são publicados somente depois de avaliados por moderador. Aguarde publicação. Agradecemos a sua opinião.