A seca colocou de joelhos uma região inteira. Fez o Agreste sertanejar. Os cinco anos consecutivos sem chuva em Pernambuco ganharam aqui a dimensão de uma tragédia. Silenciosa e diária. A estiagem impôs a quase 300 mil pernambucanos a humilhação de não ter água nas torneiras. É no Agreste que estão 90% das cidades que hoje dependem exclusivamente do carro-pipa para sobreviver. Mendigar por água para não morrer de sede. Bicho e gente. E é nesse mesmo Agreste, seco e esturricado, que nichos-chave da economia do Estado, como a bacia leiteira e o polo de confecções, pedem socorro. Neste especial, as dores e ausências de uma nação, bem ali no miolo do Estado, que vive em um regime de exceção.
Jornal do Commercio
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