Senador acusa o ministro dos crimes de concussão e advocacia administrativa (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)
Acompanhando as denúncias desde o fim de semana, Humberto declarou que Geddel “deveria ter enxugado suas lágrimas com as páginas do Código Penal onde estão previstos os crimes de concussão e advocacia administrativa que ele cometeu ao ameaçar um colega de Ministério para ver satisfeitos os seus interesses pessoais”.
Para Humberto, o peemedebista cometeu dois crimes: o de concussão, por ter constrangido o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, a fazer algo ilícito para obter vantagem do ato; e o de advocacia administrativa, que trata de favorecer, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.
Segundo o parlamentar, o Brasil merecia viver um momento muito melhor, principalmente porque a justificativa base dos que tomaram o poder de assalto, pelo processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, era eliminar a corrupção.
“Mas a fraqueza do presidente da República é assustadora. Ele não tem coragem de demitir o amigo. Os dois fazem cara de paisagem como se nada tivesse acontecendo, como se não houvesse um caso escandaloso de uso do cargo e do poder político para obter vantagem pessoal”, ressaltou.
Na última sexta-feira (18), o ministro da Cultura, Marcelo Calero, pediu demissão do cargo após relatar ter sido assediado e constrangido por Geddel para liberar um empreendimento imobiliário luxuoso em uma área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Salvador, no qual é diretamente beneficiado.
As denúncias, que são gravíssimas na avaliação do líder do PT, devem ser esclarecidas pela Procuradoria-Geral da República e pela Comissão de Ética Pública da Presidência, órgãos onde protocolou pedidos de investigação, e no plenário do Senado e nas comissões de Constituição e Justiça, de Fiscalização e Controle e de Educação, onde protocolou pedido de convocação de Geddel.
Assessoria de Imprensa do Senador Humberto Costa
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