O vexame na decisão do torneio nacional significou o fim da linha de mais uma passagem de Marcelo Oliveira no comando do Atlético. Entre idas ao profissional, como interino, e retornos às categorias de base, o treinador comandou o time principal do clube mineiro em 94 jogos, em sete passagens diferentes. A passagem de 2016 começou no dia 20 de maio, dois dias depois de o Atlético ser eliminado na Copa Libertadores e optar pela saída do uruguaio Diego Aguirre.
Na atual temporada, Marcelo Oliveira comandou o Atlético em 42 jogos, sendo 35 pelo Campeonato Brasileiro e sete pela Copa do Brasil. A decisão foi tomada mesmo com o classificado para a Copa Libertadores do ano que vem e ainda com chances de título na Copa do Brasil, mesmo em situação bastante desfavorável, pois é preciso vencer o Grêmio em sua Arena, por dois gols de diferença para levar a decisão para os pênaltis ou por três ou mais gols para ficar com o título após os 90 minutos.
Uma série de fatores pesou na decisão da direção do Atlético. O primeiro deles é a enorme possibilidade de fechar a temporada sem nenhuma conquista oficial, apesar do alto investimento feito no futebol em 2016. O desempenho do time nos jogos é outro motivo que gerou muita preocupação entre os dirigentes, já que se esperava muito mais de um elenco recheado de grandes jogadores, como Robinho, Fred e Lucas Pratto, por exemplo.
Após a derrota por 3 a 1 para o Grêmio, a diretoria do Atlético reuniu toda a comissão técnica, para cobrar o desempenho abaixo do esperado no comando de Marcelo Oliveira. Nas 42 partidas sob a direção do treinador, o Atlético teve 54% de aproveitamento, com 18 vitórias, 14 empates e dez derrotas. Foram 68 gols marcados e incríveis 58 sofridos.
Detalhes da demissão de Marcelo Oliveira ainda não foram divulgados pela direção do Atlético. Inclusive, o treinador tinha vínculo com o clube até o final de 2017. A tendência é que Diogo Giacomini, técnico do sub-20, comande o time no confronto deste domingo, contra o São Paulo, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro e talvez até nas últimas duas partidas do ano, contra Grêmio, pela decisão da Copa do Brasil, e contra a Chapecoense, na rodada de encerramento do Brasileirão, assim como aconteceu no ano passado, quando Giacomini assumiu o time após a saída de Levir Culpi.
Marcelo Oliveira deixa o Atlético num período com seis jogos de jejum, entre confrontos por Brasileirão e Copa do Brasil. Foram quatro empates e duas derrotas nesse período. Coincidentemente logo após o presidente do clube, Daniel Nepomuceno, declarar que vencer a Copa do Brasil e terminar o Brasileirão dentro do G3 eram obrigações. Com quase um mês sem triunfos, o Atlético está bem próximo de terminar o ano sem nenhuma das obrigações citadas por Nepomuceno.
Uol
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