Antes mesmo de ter início, a greve dos policiais civis no estado foi decretada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco na noite desta quinta-feira (20). A decisão do desembargador Bartolomeu Bueno, que concedeu liminar ao governo do estado, ocorreu horas depois de o Sindicato dos Policiais de Pernambuco (Sinpol-PE) informar que, a partir da meia-noite, apenas 30% do efetivo policial fica em atividade nas delegacias de plantões, conforme definido em assembleia da categoria.
O descumprimento da decisão judicial implicará em multa diária no valor de R$ 100 mil. Por meio de nota, o Governo de Pernambuco informou que o sindicato já foi notificado da decisão. De acordo com a assessoria de imprensa do Sinpol-PE, apesar da notificação da ilegalidade da greve, o movimento grevista está mantido.
O sindicato informou também que uma nova rodada de negociação com o governo estadual irá acontecer na manhã desta sexta-feira (21). Segundo a entidade, o encontro será com o secretário de Administração de Pernambuco, Milton Coelho. No final da tarde, às 17h, uma nova assembleia com a categoria será realizada, desta vez na sede do Sinpol-PE, no bairro de Santo Amaro, na área central da capital.
O impasse entre os policiais civis e o governo se refere ao Plano e Cargos e Carreira reivindicado pela categoria. Segundo o Sinpol-PE, a implantação tinha sido acertada com o governo do estado em fevereiro deste ano por meio de um acordo, mas a medida ainda não foi cumprida. Por conta disso,os policiais civis realizaram um protesto, durante a manhã desta quinta, saindo da sede do sindicato até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual.
Após a passeata, teve início uma reunião de uma comissão do sindicato com representantes da Secretaria de Administração de Pernambuco, no bairro do Pina, na Zona Sul da capital. Após o encontro, a categoria, que estava em estado de greve desde o dia 11 de outubro, realizou uma assembleia em frente ao Palácio do Campo das Princesas, momento em que foi decretada a greve.
Reação do governo
Para tentar diminuir os impactos para a população da greve dos policiais civis em Pernambuco, o governo estadual havia anunciado que solicitaria à Justiça que decretasse a ilegalidade do movimento grevista da categoria. Além disso, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Angelo Fernandes Gioia, afirmou que deixaria policiais e bombeiros militares de sobreaviso para o caso de precisarem ser acionados para garantir a segurança pública no estado.
De acordo com o Secretário de Planejamento e Gestão de Pernambuco, Márcio Stefanni, a reivindicação dos policiais civis ocasionaria um impacto, na folha do Estado de Pernambuco, de R$ 40 milhões. Ele informou ainda que o governo ofereceu um aumento em torno de 13% para a categoria.
Do G1 PE
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