“É inacreditável que esse governo retrógrado, que, inclusive, tratou da aprovação da medida no Congresso Nacional por meio de um acordo com a oposição, vete vários dispositivos que sanariam uma grande injustiça com a categoria, marcada por vínculos precários de trabalho e quase nenhum direito trabalhista. Agora, vamos batalhar pela derrubada desses vetos aqui no Legislativo”, afirmou.
Para Humberto, o projeto de lei nº 2010, de 2015, que contou com o apoio integral da bancada do PT no Senado, reconhece o direito ao adicional de insalubridade aos agentes, garante prioridade no Programa Minha Casa Minha Vida e prevê o financiamento de cursos técnicos por meio do Fundo Nacional de Saúde.
O parlamentar ressaltou que os vetos foram publicados no Diário Oficial da terça-feira (4), data em que se comemora o Dia Nacional dos Agentes de Saúde. “Nada mais desleal do que vetar a proposta exatamente na data da celebração. O presidente golpista não teve qualquer constrangimento e nenhuma vergonha na cara ao ver a sua base no Congresso aprovar a matéria para, justamente agora, vetá-la”, disse.
Alegando impactos ao orçamento da União, Temer vetou o dispositivo que previa que os cursos técnicos de agentes comunitários de saúde e de combate às endemias seriam financiados pelo Fundo Nacional de Saúde e que aqueles que ainda não tivessem concluído o Ensino Médio seriam incluídos em programas que ampliassem a escolaridade e oferecessem profissionalização.
Sob a mesma justificativa "pífia", na visão de Humberto, o governo também vetou a ajuda de custo para transporte até o local do curso e de volta à sua residência aos profissionais.
Além disso, o Planalto vetou os artigos que tratam das condições insalubres, acima dos limites de tolerância, que asseguravam aos agentes o direito de calcular o adicional com base no seu salário. A justificativa é de que tal medida fere a competência do Ministério do Trabalho de normatizar os critérios de caracterização da insalubridade.
“Como se não bastasse, o governo conseguiu a proeza de vetar o dispositivo que garantia prioridade de atendimento no Minha Casa, Minha Vida aos agentes porque 'a proposta criaria um subprograma voltado para um segmento profissional específico, sem estipular critérios relacionados à renda dos beneficiários'. Ora, todos conhecemos a realidade da categoria e as suas dificuldades financeiras por conta dos baixos salários que recebem”, disparou Humberto.
Assessoria Senador Humberto Costa
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