“Apesar do baixo índice, preocupa porque a maior incidência é em homens em idade produtiva - entre 15 e 50 anos. Sua incidência é de três a cinco casos para cada grupo de 100 mil indivíduos. Nessa fase, há chance de ser confundido, ou até mesmo mascarado, por doenças sexualmente transmissíveis”, explica o urologista, dr. Vicente Codagnone Neto.
Dentre os sintomas, aumento de volume, dor sem causa aparente na parte inferior do abdômen e virilha, sensação de peso no escroto, dor ou desconforto no testículo ou escroto e nódulos palpáveis.
Segundo a SBU - Sociedade Brasileira de Urologia, a incidência desse tipo de câncer apresentou aumento significativo nos últimos anos. Mas, apesar disso, a mortalidade desses pacientes tem diminuído com o avanço da medicina.
“O câncer testicular é um problema real e deve receber a devida atenção. Ainda é considerado um tabu na saúde dos homens. Assim como divulgamos massivamente a importância do autoexame nas mulheres, precisamos disseminar essa informação sobre a saúde do homem”, completa o médico.
Autoexame masculino: como fazer?
- De pé, em frente ao espelho, verifique a existência de alterações em alto relevo na pele do escroto.
- Examine cada testículo com as duas mãos. Posicione o testículo entre os dedos indicador, médio e o polegar. Revolva o testículo entre os dedos; você não deve sentir dor ao realizar o exame. Não se assuste se um dos testículos parecer ligeiramente maior que o outro, isto é normal.
- Ache o epidídimo - pequeno canal localizado atrás do testículo e que coleta e carrega o esperma. Se você se familiarizar com esta estrutura, não confundirá o epidídimo com uma massa suspeita. Os tumores malignos são frequentemente localizados lateralmente aos testículos, mas também podem ser encontrados na porção ventral.
O urologista Vicente Codagnone Neto, seguindo orientações da Sociedade Brasileira de Urologia, alerta que sempre que o paciente palpar qualquer massa que não tenha sido verificada anteriormente deve procurar imediatamente um médico. A alteração encontrada pode se tratar somente de uma infecção, porém, no caso de um tumor o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura. “Na dúvida, procure sempre um médico. A prevenção ainda é o melhor remédio”, finaliza.
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