Os corrimãos e balaústres são alguns dos itens de contato mais frequentes no transporte público.
O avanço representa uma garantia a mais no direito fundamental de ir e vir da população e um exemplo a ser seguido.
É consenso que o uso do transporte público deve ser preferido em relação ao particular: ele é menos poluente, diminui a exposição das pessoas a acidentes no trânsito, evita congestionamentos e é menos inativo que o carro. Mas em ambientes com maior aglomeração, como ônibus, metrôs e trens, a proliferação de microorganismos patológicos aumenta o risco de trasmissão de doenças, principalmente as respiratórias, como gripe, pneumonia, meningite, tuberculose. Em ambientes fechados, com ar-condicionado, o risco de infecção é ainda maior.
Os corrimãos e balaústres são alguns dos itens de contato mais frequentes no transporte público. Uma pessoa gripada, que protege o espirro com a mão, por exemplo, ao tocar o corrimão vai contaminá-lo, tornando a superfície propícia à interação contagiosa, caso outro usuário toque o corrimão e leve as mãos aos olhos ou à boca, sem antes lavá-las.
O uso do cobre antimicrobiano, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (no original, Environmental Agency Protection - EPA), elimina 99,9 % dos germes, bactérias, como o E. coli, e vírus, como o da influenza, depositados em sua superficie, reduzindo o risco de doença quando o passageiro entra em contato com corrimãos ou balaústres contaminados. Essa comprovação tem incentivado instituições ao redor do mundo a instalarem itens de cobre antimicrobiano em locais sensíveis, de grande circulação do público, e em ambientes hospitalares. Países como Chile, Inglaterra, Alemanha, Espanha, França, Estados Unidos, México já fazem uso desse recurso. Esse primeiro ônibus com corrimãos com liga de cobre antimicrobiano na Polônia é mais um marco de ação sanintária preventiva.
O Brasil já tem algunas iniciativas de adoção desse importante agente para inibir a transmissão de doenças e salvar vidas. As possibilidades de uso da liga de cobre são diversas e incluem itens para escolas, rodoviárias, hotéis, restaurantes e, agora, para o transporte urbano.
A novidade polonesa é um exemplo claro de que viabilizar o direito de ir e vir, vai além de uma estrutura viária planejada, da ampliação da cobertura do transporte público, da criação de faixas exclusivas e de uma gestão de qualidade para definer rotas e frequência. A confiabilidade na qualidade dos serviços das empresas de transporte público passa também por resguardar a saúde de seus usuários.
Antonio Machietto é diretor executivo do Instituto Brasileiro do Cobre, Procobre.
Sobre a Procobre
O Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre) é uma instituição sem fins lucrativos que faz parte da Internacional Copper Association (ICA), sediada em Nova York e líder mundial na promoção do cobre, metal que sempre se fez presente na evolução das civilizações. A Procobre tem como missão gerar demandas para os produtos de cobre, difundir informações sobre os atributos técnicos, científicos e as contribuições do cobre para a formação e preservação da vida, gerar pesquisas, desenvolver processos e produtos tecnológicos e criar novos usos para o metal. Seus dois maiores desafios são posicionar a indústria do cobre como um setor fundamental para responder aos desafios da sociedade e colocar o cobre como um material que atende às preocupações do desenvolvimento sustentável. Site: www.procobre.org
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