Entre janeiro e junho de 2016, foram realizados em Pernambuco 108 transplantes de medula óssea. O Estado ficou atrás apenas de São Paulo no ranking. “Ficamos felizes com o resultado, mas precisamos lembrar a população que os transplantes de medula óssea ocorrem a partir da medula do próprio paciente ou se ele encontrar um doador compatível, que pode estar entre os familiares mais próximos ou em qualquer lugar do Brasil ou do mundo. Por isso a necessidade dos interessados procurarem o Hemope para se cadastrar no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários e realizar as análises de compatibilidade”, afirma a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes.
No caso dos transplantes de coração, foram 19 procedimentos. O Estado ficou empatado com Brasília e atrás de São Paulo. “Não há nenhum equipamento que possa realizar as funções do coração, por isso a urgência desse tipo de transplante. Apesar de estarmos bem no ranking geral, houve uma queda nas doações desse órgão em relação ao mesmo período do ano passado, o que mostra que precisamos continuar conscientizando a população da importância desse ato, além de reforçar com as equipes de saúde a sensibilização durante as entrevistas com os familiares, que autorizam a doação, e o empenho das equipes médicas para manter o potencial doador apto para o procedimento”, diz Noemy, lembrando que entre janeiro e junho de 2015 foram 25 transplantes de coração.
Pernambuco ainda se destacou nos números de transplantes de rim (134) e pâncreas (5), ficando no primeiro lugar entre os Estados do Norte e Nordeste. “Nossa maior fila de espera é por um rim. A hemodiálise ajuda na realização das funções vitais do órgão, mas o transplante poderá trazer a qualidade de vida necessária para aquele paciente”, ressalta a coordenadora.
ÓRGÃOS SÓLIDOS – Apesar do ranking animador da ABTO, a Central de Transplantes de Pernambuco ainda alerta para uma queda de 17,51% no número de transplantes de órgãos sólidos quando comparado o primeiro semestre de 2016 com 2015. Essa queda foi motivada pela diminuição nos transplantes de coração, fígado e rim.
“Tivemos um crescimento de 12% quando somados todos os tipos de transplantes, mas essa queda nos órgãos sólidos nos deixa em alerta para reforçar o nosso trabalho. Sabemos que ainda há muitas dúvidas, mitos e crenças que impossibilitam a doação de órgãos. Mais da metade das famílias entrevistadas negam a doação, alegando, por exemplo, medo que o corpo fique mutilado para as celebrações fúnebres, o que não é verdade. Por isso, precisamos falar do tema em casa, discutir a morte encefálica e pensar como seria se a necessidade de um órgão fosse nossa ou de algum ente querido. Só assim poderemos aumentar o percentual de doadores efetivos. A doação de órgãos e tecidos é um gesto de solidariedade com o próximo e essencial para salvar vidas”, afirma Noemy Gomes.
DADOS – De janeiro a junho de 2016, Pernambuco realizou 710 transplantes de órgãos e tecidos. O quantitativo é 12,7% maior do que os transplantes realizados no mesmo período de 2015, com 630 transplantes. Em relação apenas aos órgãos sólidos, foram 212 transplantes em 2016 e 257 em 2015, uma redução de 17,51%.
FILA DE ESPERA – Atualmente, mais de 1,2 mil pacientes aguardam em fila de espera por um órgão. A maior é a de rim, com mais de 800 pessoas.
DOADORES – No primeiro semestre de 2016, a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos comemora a recuperação na taxa de doadores efetivos, que passou de 13,1 pmp (doadores por milhão de população) para 14,0 pmp, mas ainda distante do previsto para esse ano, de 16 pmp.
Secretaria-Executiva de Regulação em Saúde/Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco
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