O delegado Rodrigo Cavalcanti, responsável pela ação policial que resultou em oito mortes nesta terça-feira (30), em Delmiro Gouveia, município do Sertão alagoano, afirmou que parte dos suspeitos baleados pertencia a uma quadrilha da Bahia que veio para Alagoas fugindo de criminosos rivais.
O grupo criminoso era investigado há muito tempo por participação em tráfico de drogas, homicídios, furtos e roubo a bancos.
Eles foram identificados como "Big", Jonathan, "Oinho", "Beixo", Marcio, Robson, "Miudinho" e "Priquitinho". A polícia informou que prendeu durante a tarde dois homens que fazem parte do mesmo grupo, identifcados como "Bolinha" e "Cabelo". Não foi informado o nome completo de nenhum deles.
"Eles são de Paulo Afonso (BA), e vieram para Delmiro fugindo de rivais. No município alagoano eles se organizaram e cresceram, tocando o terror na população", informou o delegado ao mencionar o município baiano que faz divisa com Alagoas.
A lista de crimes atribuída ao grupo pelo delegado é grande. "Eles assaltaram um correpondente bancário em Delmiro, roubaram também uma Casa Lotérica em Olho D'Água do Casado (AL), e um supermercado e a UPA [Unidade de Pronto Atendimento] de Delmiro, onde tentaram levar arma do vigilante Há vários outros crimes também que eles cometeram", reforça Cavalcanti.
Ainda segundo o delegado, depois que a polícia soube onde os criminosos se escondiam, montaram campana em um local próximo.
"Durante a manhã, quando eles chegaram vindo do roubo de uma caminhonete, que localizamos hoje, demos voz de prisão e fomos recebidos à bala. Uma parte dos criminosos fugiu de carro ou pelos telhados das casas vizinhas".
O tiroteio aconteceu na Rua João Batista Filho, bairro Campo Grande. Um policial ainda foi atingido, mas o tiro acertou o colete à prova de balas que ele usava.
Na ação, a polícia ainda apreendeu uma espingarda calibre 12, uma pistola 380, 3 revólveres de calibre 38, um revólver calibre 32, 6 quilos de maconha, coletes à prova de balas, duas motos e R$ 1,8 mil em dinheiro.
"A quadrilha é maior e as investigações continuam. Nós vamos prender mais gente e dar uma resposta à sociedade", afirmou o delegado.
Do G1 AL
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