sexta-feira, julho 15, 2016

Sobe para 84 o número de mortos após atentado com caminhão na França

Policiais caminham ao longo do trajeto feito pelo caminhão no momento em que atirador atropelou diversas pessoas em Nice: terrorismo
Imagens de vídeo postado no Instagram mostra momento em vítimas correm durante ataque de homem armado em caminhão

Um homem armado avançou com um caminhão contra uma multidão que celebrava na quinta-feira a festa da Queda da Bastilha em Nice, na Riviera francesa, e matou 84 pessoas em um ataque classificado pelo presidente François Hollande de "terrorista". O motorista, que durante dois quilômetros avançou semeando caos e morte, foi identificado como um franco-tunisiano de 31 anos, morador de Nice. Seus documentos foram encontrados no veículo.

Em uma agradável noite de verão, um caminhão branco avançou em alta velocidade pelo Passeio dos Ingleses, a avenida costeira de Nice, para onde centenas de pessoas se dirigiram para presenciar os fogos de artifício por ocasião do aniversário da Queda da Bastilha. O veículo de 19 toneladas avançou por dois quilômetros, atingindo as pessoas pelo caminho, até o motorista, que tinha uma arma e atirou várias vezes, ser abatido pela polícia. "Era um caos. Vimos gente ferida (...) ouvimos muitas vítimas gritarem", relatou um jornalista da AFP.


A banalidade do modo operacional - um caminhão como única arma - e o fato de várias crianças figurarem entre as 84 vitimas, assustou. O motorista "mudou de trajetória ao menos uma vez", afirmou a polícia à AFP. "Claramente tentou provocar o maior número de vítimas". O ataque desenfreado deixou ao menos 84 mortos, além de 18 feridos "entre a vida e a morte" e 50 feridos leves. Após o drama, o país observará três dias de luto nacional, anunciou o primeiro-ministro Manuel Valls.

Marie, de 37 anos, agente de segurança em Villa Masséna, um palácio muito próximo ao local do incidente que acolhia uma celebração pelo 14 de julho, viu "centenas de pessoas correndo para dentro para se proteger". "Havia crianças e as pessoas se pisoteavam", contou à AFP. "As pessoas tropeçavam, tentando entrar em hotéis, restaurantes, estacionamentos, em qualquer lugar onde pudessem evitar estar na rua", indicou outra testemunha, Emily Watkins, à Australian Broadcasting Corporation (ABC).

Várias horas depois do ataque, o caminhão branco permanecia parado em frente a um luxuoso centro hoteleiro, com seus pneus perfurados por balas e a porta direita repleta de marcas de tiros. Uma fonte policial disse que o veículo havia sido alugado na região há alguns dias. As autoridades também fizeram um apelo urgente para que as pessoas doem sangue.

Correio Braziliense

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