O presidente da SBCM, Antonio Carlos Lopes, ressaltou que entre os fatores de risco estão o uso de pílulas anticoncepcionais (que podem aumentar as chances de trombose), má alimentação, falta de atividade física regular e o hábito de fumar. Além disso, mulheres com diabetes, hipertensão e alteração nas taxas de colesterol têm maior predisposição para desenvolver cardiopatias. A chegada da menopausa e as terapias de reposição hormonal também são fatores que aumentam os riscos.
“Esta campanha é muito importante e visa esclarecer a população sobre os problemas que atingem o coração da mulher e que durante muito tempo passaram despercebidos. Essas doenças aumentaram a incidência em decorrência de que hoje a mulher é uma profissional, trabalha sob pressão, tem sua família para cuidar, muitas vezes passa necessidade problemas familiares, fumam, usam pílula, além do fator genético”, listou.
Lopes destacou a necessidade do alerta para os sintomas, porque com o diagnóstico precoce, inclusive para mulheres jovens, é possível evitar a doença ou maiores consequências. O especialista recomendou que as mulheres consultem um médico para fazer uma avaliação adequada antes de começar a fazer exercícios físicos. “É necessário que haja avaliação médica para que o profissional estabeleça a cronologia para essas avaliações. Isso é baseado no biotipo, nos exames clínicos, fatores bioquímicos”.
Informação
A campanha foi aberta pela madrinha da iniciativa, Viviane Senna, presidente do Instituto Airton Senna. Para ela, a redução de riscos depende do conhecimento, educação, acesso à informação e a saúde da mulher está diretamente vinculada ao conhecimento de como o corpo funciona para tentar evitar os danos.
“Sabemos que as mulheres são muito sujeitas às doenças cardiovasculares, diferente do que se pensava antes. As mulheres são até mais [que os homens]. Eu aceitei estar disponível para a campanha porque sou mulher, sou um alvo típico dessa situação de risco pela idade, pela situação de vida de muito estresse, como grande parte das mulheres. E quero contribuir com essa causa para que tenhamos conhecimento, informação e consciência suficiente para não ser vítima do problema, mas mas para agir sobre ele”, disse.
A campanha está disponível no site www.mulhercoracao.com.br em outras plataformas, como Facebook e Instagram.
Agência Brasil
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