Bira Delgado registra 1º Encontro da Família Delgado realizado em Recife no sábado (09)

DELGADOS, “UM CAÇUÁ DE HISTÓRIAS”? 

Bira Delgado (de preto), autor da crônica

Por Bira Delgado

De acordo com o “pai dos burros”, o dicionário, o vocabulário caçuá significa “cesto grande e oblongo, feito de cipós rijos, de vime ou talas de bambu, com aselhas para se prender às cangalhas”. Em sentido figurado, foi num caçuá desses que nós, os delgados, colocamos neste último sábado, 9 de julho de 2016, todas as nossas SAUDADES, LEMBRANÇAS, REMINICÊNCIAS e ESPERANÇAS. Com isso conseguimos realizar um ENCONTRO saboroso; um ENCONTRO que certamente agradou a gregos e troianos.

Pelos os momentos que desfilaram várias gerações de delgados, revivendo um passado, nas boas e ricas histórias dos nossos avós, Joaquim e Cecília de Sá Delgado, que foram capaz de provocar este PRIMEIRO ENCONTRO, onde nos foi oferecida a oportunidade de revivermos um passado que cala bem fundo no nosso coração, demostrando que as tecnologias, o consumismo, a crise da ética e o modismo, não serão capazes de apagar o valor da história dessa FAMÍLA. Especialmente quando essa história é tão rica em tradições e povoada de figuras humanas inesquecíveis, como é o caso dos meus PARENTES.

O ENCONTRO DOS DELGADOS

Com aproximadamente 200 pessoas, foi realizado neste sábado (09/07/2016), no Recife-PE, o encontro de várias gerações da Família Delgado em Registro, no Bairro da Madalena. Depois da acolhida, foi apresentada uma belíssima oração: O VERDADEIRO VALOR DA FAMÍLIA. Neste clima o encontro foi regado a uma boa música de um repertório marcante. Que profunda mensagem trouxe aquela espiritualização para a família e para os amigos presentes que também compartilharam desse momento único. Reunião amorosa informal com lindas pessoas que se juntaram para comemorar mais um tempo com os familiares e felicitaram umas as outras, momentos de espiritualidade, bate papo sobre a vida, bate papo sobre política e cidadania. Momentos de lazer e de descontração. Fotografias e Selfs diversos registraram os melhores momentos para perpetuar esse encontro. A família se uniu, ouviu, aprendeu, fez dinâmicas com brincadeiras, danças... trocou experiências em palavras e gestos sinceros. Uma alegria contagiante supervalorizou esse momento intenso vivido por essa linda família. Valorizou a cultura, a boa música, a boa bebida e drinques, boas comidas, presentes e simplesmente abertos para todos. Foi um momento maravilhoso! 

A família sendo escola da sagrada Família de Nazaré é fundamental e preciosa para o plano social. Que a nossa família continue sendo constituída pela tríade cristã que é representada na Bíblia Sagrada por Jesus, Maria e José.

O JOVEM, EIS A NOSSA ESPERANÇA

As crianças, os adolescentes e os jovens tão bem educados, que sorriso! Uma simplicidade e pureza encontrada em cada acolhida que recebíamos deles com tanto carinho e respeito. Amizade linda e pura é comunicar com as crianças e os jovens. É de pequeno que os dons nascem nessa família: a cordialidade, a bondade e a humildade. A pureza de coração! Devemos amar e comunicar com todos, mas com as crianças e os jovens sentimos ver o coração de Deus em cada uma delas.

Já que falei em JOVEM, peço licença para socializar com todos vocês um momento mágico que aconteceu comigo neste sábado.
No meio do encontro, fui procurado pelo o meu sobrinho/neto, Guga Delgado, filho de minha sobrinha Diciola Delgado, onde o mesmo desejava me revelar um desejo seu. De Repente, não éramos mais só eu e Gustavo, de repente percebi que eu estava cercado de JOVENS: Sergio Delgado, Diego Delgado, Jose Renato Delgado, Manuella, Ricardo Delgado, Jaime Junior Delgado Delgado, Robson Delgado, Pedro Felipe, Joao Victor Delgado Simon, Rafael, Josimar, Dalca Delgado, Thiago... fiquei muito “ancho”, me senti o máximo para um professor já retirado do ofício, como é o meu caso. É que eu vivi este momento, no Colégio Marista de João Pessoa, por mais de três décadas. Principalmente, quando a minha relação com meus alunos ocorria, com o passar do tempo, o que antes era vertical em essência, evolui e se tornava horizontal. 

Esta mudança como que num passo de mágica, foi certamente impulsionada não apenas pela força da amizade selada entre ambos mas sobretudo pela identificação em eu querer partilhar a mesma visão de mundo, gostos, a paixão pela beleza, enfim, a mesma sensibilidade para apreciar um bem cultural tão genuíno. Minha cunhada Norma percebeu este rico e interessante momento. Digo isso, devido ao momento difícil que estamos a passar, pois estamos em um período onde as coisas e as relações humanas são cada vez mais descartáveis, e frágeis, onde não se tem mais a valorização da pessoa humana como central em nossas vidas. 

São visíveis as transformações pelas quais o mundo passa no século XXI, trazendo fortes impactos e afetando a vida de muitas pessoas, especialmente dos jovens, sendo cada vez mais atingidos na sua forma de socialização, na relação que estabelecem com a educação e o trabalho, nos seus modos de vida, nos seus pensamentos. Perdem, assim, muitas vezes, a ideia de que são responsáveis pela sua própria história, faltam-lhes perspectivas para o futuro. Esses jovens Delgados, são otimistas, acreditam que podem fazer a diferença, têm espírito empreendedor e são ultraconectados. Essa geração será melhor do que a nossa. Acredito e tenho certeza.

DENISE, UMA MULHER FINA E DE FIBRA

Não poderia finalizar, sem parabenizar a Comissão Organizadora. Denise Maria Delgado, foi a nossa maestrina. Comandou, organizou, articulou, recepcionou, dançou. Não sei se comeu, bebeu e dormiu. Talvez João poderá nos dizer. Grandioso evento. Com certeza ficará marcado na história dos Delgados! Se eu já vi melhor, não me lembro! E tem uma coisa, vou já dormir para chegar logo 2017. Assim um breve, até logo mais. Bons sonos e sonhos!

Bira Delgado – filho de Afonso de Sá Delgado – Parahyba, 11 de julho de 2016.