Senador Humberto Costa (Foto: Alessandro Dantas/Liderança PT Senado)
“Isso é um verdadeiro retrocesso e uma perda significativa de recursos para o Brasil. Além de prejudicar milhões de brasileiros que teriam o seu sonho realizado, nosso país deixará de arrecadar R$ 70 bilhões. É muita trapalhada para um governo só”, avaliou o líder do governo Dilma no Senado, Humberto Costa (PT-PE). A suspensão de novas contratações e a paralisia das obras do MCMV atingem 6,1 milhões de famílias, número estimado para os que necessitam de uma moradia digna.
O objetivo do MCMV, criado em 2009 pelo presidente Lula, foi o de combater o déficit habitacional no Brasil. Além de prejudicar a população mais carente, a suspensão dessas duas faixas (1 e 1,5) tem um grande efeito econômico. Segundo o estudo “Perenidade dos programas habitacionais”, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), cerca de 1,3 milhão de empregos deixarão de ser gerados, dos quais 660 mil nas obras de construção das casas e mais 682 mil ao longo da cadeia. Se o governo Temer realmente suspender o Minha Casa Minha Vida, o impacto final seria em torno de R$ 145,7 bilhões no período das obras, estimado em três anos, o que corresponde a 2,5% do PIB.
Apesar de Dilma ter anunciado a construção de 2 milhões de moradias, o governo provisório anunciou que não irá cumprir essa meta. O ministro Bruno Araújo disse recentemente que, em 2016, deverão ser contratadas apenas 400 mil unidades das faixas 2 e 3. “Eu acho engraçado é o governo cancelar as faixas para os mais pobres e anunciar financiamento para compra de imóveis luxuosos de R$ 3 milhões. É realmente uma inversão de prioridades o que esse presidente sem voto está fazendo”, criticou o senador Humberto Costa.
Assessoria de Imprensa Senador Humberto Costa
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