Em postagem publicada em seu página na rede social Facebook, no início da noite desta quarta (06), Armando Monteiro (PTB-PE) narrou seu aparte ao pronunciamento de Romero Jucá, no Senado. Segundo o industrial e político pernambucano, sua fala foi de alerta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que deve "resistir a uma gestão política cujo custo decorre da própria interinidade do governo". O ex-ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior na segunda gestão de Dilma Rousseff, também criticou o governo interino por não conter gastos públicos e adotar posturas que comprometem o ajuste fiscal.
Abaixo o texto, na íntegra.
Em aparte que fiz hoje ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), conclamei o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a resistir a uma gestão política cujo custo decorre da própria interinidade do governo, que está sendo leniente com os gastos públicos e afrouxando posturas que comprometem o ajuste fiscal.
O pedido foi feito durante audiência pública conjunta das Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Econômicos (CAE) com o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, para debater o reajuste de várias categorias do funcionalismo.
Propus uma agenda do bom senso, sem falseamentos e demagogia, para o equilíbrio fiscal, que contempla, necessariamente, contenção das despesas públicas, incluindo os reajustes do funcionalismo, única variável na qual o governo pode atuar com firmeza para atingir o equilíbrio fiscal.
O governo Michel Temer está executando uma gestão política do déficit público, inserindo nele uma série de contas para fazer o trânsito político da interinidade. O país vive uma dualidade: de um lado, o Congresso concedendo reajustes ao funcionalismo e, do outro, demissões em massa entre os empregados do setor privado.
O funcionalismo público tem estabilidade - da qual eu sou a favor -, não importando se a receita flutua negativamente, como está ocorrendo, enquanto na iniciativa privada o ajuste se dá pela solução amarga das demissões. Costumo dizer que na economia, a sabedoria tem dúvidas, mas a ignorância tem certezas.
Fiz também uma defesa da atuação do ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy. O processo de ajuste fiscal iniciado por ele não foi completado pelo duopólio do PT e do PMDB, cuja disputa travou o restante das medidas no Congresso. Torço pelo Brasil, mas a argumentação de que o está acontecendo na economia foi produto exclusivamente de um só partido, o PT, e de uma presidente da República equivocada não resiste a um debate sério.
Redação do Blog de Assis Ramalho
Fonte: Facebook Armando Monteiro
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