quarta-feira, junho 29, 2016

SUS pode perder R$ 12,7 bilhões nos próximos dois anos, alerta Humberto


A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, que tramita na Câmara Federal enviada pelo presidente interino Michel Temer (PMDB), vai congelar os gastos públicos por 20 anos e coloca em risco o investimento de cerca de R$ 12,7 bilhões no Sistema Único de Saúde (SUS) nos próximos dois anos. O montante de recursos ameaçado daria para manter todos os hospitais do país (federais, estaduais, municipais e Santas Casas) durante três meses.

“Essa PEC de Temer vem destruir com várias das nossas conquistas sociais e também fazer o desmonte do SUS, que é um patrimônio público. Se ela tivesse em vigor nos últimos dez anos, teríamos perdido 32% de recursos para a área da saúde, sem contar com uma redução de 70% na área da educação”, explicou o líder do governo Dilma no Senado, Humberto Costa (PT-PE).
O SUS hoje é um dos programas mais completos do mundo em atendimento à população e seu sucateamento pode custar muito para o povo carente brasileiro. A rede pública de saúde atua desde os serviços em hospitais passando pelas campanhas de vacinação, programas de saúde da família, Samu, Farmácia Popular e Brasil Sorridente. O atual ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), já deixou claro que tem o intuito de fortalecer o sistema privado de saúde, fragilizando cada vez mais o serviço de saúde público, colocando em risco o atendimento universal que caracteriza o SUS.

O senador petista alerta que já existe uma forte articulação política para evitar que essa PEC passe no Congresso Nacional. "São os mais pobres que realmente vão pagar a conta do ajuste proposto pelo governo interino. Não vamos deixar que um retrocesso dessa dimensão destrua um pilar importante de inclusão social, como o SUS. Precisamos enfrentar os golpistas e dizer que não vamos aceitar a desconstrução das políticas públicas que tiraram o Brasil do atraso”, afirmou Humberto Costa.

Assessoria de Imprensa Senador Humberto Costa

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